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Após quase morrer por Covid, idosa decide pular de paraquedas em SP

Marina Tikhomiroff ficou 33 dias internada pela doença e, depois de enfrentar dificuldades na recuperação, decidiu realizar o sonho

São Paulo|Isabelle Amaral*, do R7

Mulher de 80 anos realiza o sonho de pular de paraquedas no interior de SP
Mulher de 80 anos realiza o sonho de pular de paraquedas no interior de SP

Após ter ficado 33 dias internada por Covid-19, em abril do ano passado, a aposentada Marina Tikhomiroff, de 80 anos, decidiu celebrar seu "renascimento". Ela resolveu se aventurar com a filha e pular de paraquedas, em Boituva, no interior de São Paulo, depois de se recuperar da doença.

Em entrevista ao R7, a filha de Marina, Ana Tikhomiroff, disse que se sentiu apreensiva e feliz em compartilhar o momento com a mãe. Ana disse que havia realizado o esporte há mais de 20 anos e que tinha ficado na cabeça da mãe. Depois de quase morrer em decorrência da Covid, a idosa decidiu desafiar a filha a saltar novamente, mas dessa vez, juntas. “Ela achou que eu a impediria por conta da idade e devido a tudo que passou, mas na hora eu falei: vamos, estou com você. Vamos viver este sonho juntas”, afirmou a filha.

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Ana, que é esportista nata e adora compartilhar suas aventuras nas redes sociais, incentivou o sonho da mãe, mas disse que ficou preocupada no momento em que viu a idosa saltar. As duas estavam no mesmo avião, mas Marina pulou primeiro, enquanto a filha esperava sua vez. “Eu vi o pouso dela e uma equipe correr até lá. Na hora me deu um medo, mas quando a vi levantar, respirei aliviada”, desabafou Ana.

Marina fez todo o trajeto confiante, conversava e ria com as pessoas que estavam no local. No momento salto, entretanto, chegou a ficar receio. Ainda assim, a aposentada diz que não pensou em desistir. 


A filha apoiou o sonho da mãe, de 80 anos, de pular de paraquedas
A filha apoiou o sonho da mãe, de 80 anos, de pular de paraquedas

A filha acredita que a mãe não teria coragem de ter saltado se não tivesse passado pela experiência de quase morte e acredita que Marina tenha conseguido realizar esse sonho não apenas por ter vencido a Covid e passado por uma dura reabilitação, mas por toda sua história. Ela relata que a mãe perdeu o marido cedo, fez faculdade de direito e passou na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). “Se eu já tinha orgulho dela, hoje tenho muito mais”.

Antes de se aventurar com a mãe, Ana revelou que a levou no médico para saber se ela tinha condições físicas e emocionais para realizar a atividade. Com a permissão dos profissionais, as duas seguiram em direção à Boituva e se aventuraram pelos ares.


Após a repercussão da história, Marina diz que muitas pessoas questionaram, por meio das redes sociais, o fato de a aposentada ter enfrentado uma experiência de quase morta e agora escolher uma atividade desafiadora. O conselho da aposentada é que as pessoas sempre apoiem os sonhos e vontade dos outros. “Minha mãe viveu um sonho e uma emoção, e isso a gente só sabe fazendo, então não dá para julgar ninguém”.

Experiência de quase morte e recuperação da Covid-19

Marina Tikhomiroff foi internada por complicações da Covid-19 no dia 13 de abril de 2021 e após 33 dias teve alta. A filha revela que ela saiu do hospital de cadeira de rodas e sem conseguir andar, pois ficou totalmente sem músculo na perna.


Mesmo após a alta médica, a idosa precisou de diversos cuidados médicos e a filha optou por levá-la para casa dela e acompanhar a recuperação da mãe de perto. “Precisamos contratar uma cuidadora para ficar com ela 24h”, informou. Além disso, a idosa passava por fisioterapia cinco vezes por semana e foi diminuindo a frequência com as constantes melhoras, até ela conseguir ganhar músculos e não precisar mais do auxílio da cadeira de rodas.

Marina, de 80 anos, passou 33 dias internada
Marina, de 80 anos, passou 33 dias internada

A filha revelou, ainda, que a mãe precisava tomar banho na cadeira pois não conseguia se equilibrar, se enxugar ou fazer as coisas com mais autonomia. “Ela ficou desanimada, achou que não ia voltar a andar ou fazer as coisas dela. Ela sempre foi uma pessoa independente e, de uma hora para outra, se viu ali totalmente dependente.”

Após três meses na casa da filha e sob cuidados de profissionais, a idosa voltou para casa e pode realizar seus afazeres e, com saúde, como desejava.

*Estagiária sob supervisão de Fabíola Perez

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