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Ar quente e seco predomina no estado SP nos próximos dias

Estado entra em alerta por conta baixa umidade do ar, o que pode ocasionar também um crise hídrica devido a escassez de chuvas

São Paulo|Isabelle Amaral,* do R7

Massa de ar quente poderá gerar novos recordes de maior temperatura do inverno
Massa de ar quente poderá gerar novos recordes de maior temperatura do inverno

Uma grande massa de ar quente e seco predomina sobre o Brasil e impede a ocorrência de chuva em muitos estados brasileiros, incluindo São Paulo. De acordo com o Clima Tempo, a previsão é que as temperaturas fiquem em torno dos 30°C, podendo chegar a 36°C em algumas regiões no interior estado.

Essa massa de ar quente poderá gerar novos recordes de maior temperatura do inverno e do ano de 2021. A previsão é que esses recordes aconteçam em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, que podem registrar temperaturas acima dos 28°C nos próximos dias, a mais alta durante este inverno.

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A umidade relativa do ar vai ficar abaixo dos 20% nas horas mais quentes, por isso, o estado entra em situação de alerta. Essa baixa umidade do ar no inverno pode prejudicar a saúde trazendo complicações alérgicas e respiratórias.

Além disso, a elevação de temperatura pode causar um aumento do potencial de incêndio em pastagens e florestas.


Alerta para crise hídrica

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) publicou na quinta-feira (27) um alerta sobre a possibilidade de crise hídrica em razão da escassez de chuvas na região hidrográfica da Bacia do Paraná, que abastece cinco estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul) entre os meses de junho e setembro deste ano.

É o primeiro alerta dessa natureza em 111 anos de serviços meteorológicos do país.


Atualmente, o Sistema Canteira, por exemplo, que abastece cidades da Grande São Paulo, opera com o menor volume útil registrado desde a crise hídrica de 2013, quando atingiu 57,1% de capacidade ocupada. Nesta terça-feira (17), o nível estava em 39,2%, segundo o Portal dos Mananciais da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Para o professor de engenharia hídrica da Universidade Mackenzie, Antonio Eduardo Giansante, a solução para este problema é a revegatação (reflorestamento em áreas degradadas) na região do Sistema Cantareira para manter a água das chuvas no reservatório.


"Precisamos manter essa água dentro do sistema Cantareira. Não só dentro da represa. Precisamos revegetar. Cada árvore facilita muito a entrada de água da chuva no solo. Essa água é uma reserva muito grande e que vai ajudar a perenizar os rios e represas quando estiver chovendo menos", avalia o professor.

O nível é também o mais baixo se comparado com os mananciais que abastecem a Grande São Paulo: Alto Tietê (46,6%), Guarapiranga (51,1%), Rio Claro (45,0%), São Lourenço (58,4%), Cotia (60,6%) e Rio Grande (68,3%). O volume armazenado na região é de 45,3%.

*Estagiária sob supervisão de Ingrid Alfaya

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