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Araraquara (SP) volta a ter fila por UTI e cogita adotar novo lockdown

Espera de pacientes com covid-19 por leitos voltou a acontecer nesta terça-feira (8) pela primeira vez nos últimos 90 dias

São Paulo|

Prefeitura diz que lockdown foi positivo em Araraquara
Prefeitura diz que lockdown foi positivo em Araraquara Prefeitura diz que lockdown foi positivo em Araraquara

Pela primeira vez depois de ter conseguido reduzir os números da pandemia com o fechamento total das atividades, a cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, voltou a atingir nesta terça-feira (8), índice de covid-19 suficiente para a decretação de um novo lockdown.

De 563 amostras analisadas, 21,13% deram positivo para o coronavírus. Se o índice acima de 20% for mantido por mais dois dias, o fechamento das atividades será automático, segundo decreto municipal. É também a primeira vez nos últimos 90 dias que a cidade volta a ter pacientes à espera de leitos de UTI.

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Araraquara decretou lockdown de dez dias em fevereiro deste ano e conseguiu uma grande redução nos casos da doença. Agora, volta a viver um novo pico da pandemia e está em situação de alerta máximo, segundo o prefeito Edinho Silva (PT).

"Nossa situação, infelizmente, é gravíssima. Hoje (terça-feira, 8), Araraquara alcançou pela primeira vez o índice que estabelece o fechamento das atividades em nossa cidade. Se ficar assim por mais dois dias, haverá o fechamento automático. É hora de termos consciência, pois ainda dá para evitar", disse.

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De acordo com o decreto municipal, também fecham as atividades, inclusive as essenciais, se os testes positivos em indivíduos sintomáticos ultrapassarem 30% por três dias consecutivos ou cinco dias alternados durante uma semana. Esse índice chegou a 28,32%, muito próximo do limite.

O fechamento será de no mínimo sete dias. A cidade contabiliza 197 pacientes internados, sendo 93 em UTI. "Pela primeira vez em 90 dias estamos com pacientes na UPA da Vila Xavier, inclusive dois intubados, aguardando leitos e não temos leitos para oferecer a eles", disse o prefeito.

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Segundo a prefeitura, do total de doentes internados, 89 são pacientes de outros municípios e foram transferidos para hospitais da cidade, sendo que 46 estão em UTI. Apesar de não ter registrado óbitos nas últimas 24 horas, Araraquara já soma 457 mortes decorrentes de covid-19.

"Essa situação vai significar em questão de dias uma pressão absurda sobre nossos leitos e principalmente sobre a ocupação de UTI", disse. Silva voltou a fazer apelo para que a população se previna. "Água e sabão, não aglomerar e usar máscara são medidas simples que podem evitar que Araraquara feche."

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A cidade foi a primeira a adotar um lockdown rigoroso para controlar a pandemia, quando o sistema de saúde entrava em colapso, em fevereiro deste ano. Na época, já havia sido detectada a circulação da variante P1 de Manaus no município.

O fechamento, que incluiu a suspensão do transporte público e toque de recolher, trouxe alívio na lotação hospitalar. Semanas depois, tinha acontecido queda de 58% na média móvel diária de pessoas contaminadas, de 31% nas internações e de 40% nas mortes. A cidade passou a ser apontada como exemplo de lockdown que deu certo.

MP recomenda lockdown em Presidente Prudente

Em Presidente Prudente, também no interior paulista, o Ministério Público Estadual recomendou que a prefeitura decrete lockdown de 15 dias para frear o avanço da pandemia.

De acordo com o promotor de justiça Marcelo Creste, que assina o documento, a região apresenta taxa de ocupação de UTI acima de 96% há várias semanas e a disseminação do vírus está aumentando. Segundo ele, alguns hospitais de Presidente Prudente têm ocupação de até 120% e, na região, 27 pacientes aguardam transferência para UTI, cinco em estado gravíssimo.

A prefeitura informou que o prefeito Ed Thomas (PSB) se reuniu nesta terça-feira, 8, com prefeitos que integram a União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (Unipontal) e houve decisão unânime para o reforço nas medidas restritivas, mas sem lockdown.

"O que a gente solicita ao Ministério Público e ao DRS-11 (departamento regional de saúde do governo estadual) é ajuda para testagem, medicamentos, hospital de campanha e recursos para nossa cidade, que foi a mais fechada desde o ano passado. Buscamos para Prudente uma proteção contra o vírus e uma proteção para nossa economia", disse.

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