'As cenas de terror em Araçatuba não ficarão impunes', afirma Doria
Governador de SP destacou a força-tarefa com 380 agentes que foi montada no interior do estado para tentar localizar os criminosos
São Paulo|Do R7

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (30) que a polícia vai reagir após os ataques a agências bancárias em Araçatuba, no interior de São Paulo. Na ação, pessoas foram usadas como escudos e mantidas reféns pelo grupo fortemente armado e veículos foram incendiados. Explosivos foram também espalhados pela cidade.
"As cenas de terror vivenciadas pela população de Araçatuba não ficarão impunes. Dois criminosos foram presos e um terceiro foi morto em confronto com a polícia. Há uma grande força-tarefa envolvendo 380 policiais e 2 helicópteros Águia para prender e punir os responsáveis", escreveu nas redes sociais.
Mais cedo, o coronel da Polícia Militar, Álvaro Camilo, que está como secretário em exercício da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, afirmou que a reação da polícia foi rápida após os ataques.
"Fizemos uma força de reação rápida embora eles tenham tentado não deixar a polícia agir. Tivemos duas trocas de tiros, com um infrator morto, um ferido e um preso. Há indícios de que a tropa é organizada e tenha feito treinamento para agir. Ainda é cedo para fazer qualquer relação com outras quadrilhas existentes. Vamos focar nas investigações", destacou o secretário.
Álvaro Camilo ressaltou ainda que "foi uma ação com informação privilegiada e que a investigação está caminhando para chegar aos autores".
Além dos presos, cinco pessoas ficaram feridas. Uma das vítimas, um ciclista de 25 anos, passou pelo local e foi atingido por um explosivo e teve os dois pés amputados.
Participaram da ação mais de 20 criminosos em mais de 10 veículos, que são periciados. O grupo manteve reféns e queimou carros para impedir a aproximação da polícia.
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Por causa do abandono de explosivos na cidade, a recomendação é para que os moradores permaneçam em casa. Eles relataram pânico e desespero durante os ataques na madrugada. Até mesmo a Associação Comercial solicitou à prefeitura que os comércios ficassem fechados ao longo do dia por questões de segurança.
Ataques a instituições bancárias e empresas de segurança especializadas em transporte e guarda de valores de todo o Brasil geraram, em sete anos, um prejuízo de R$ 424.262.887,00. A modalidade criminal, denominada "domínio de cidades", vem colocando em...
Ataques a instituições bancárias e empresas de segurança especializadas em transporte e guarda de valores de todo o Brasil geraram, em sete anos, um prejuízo de R$ 424.262.887,00. A modalidade criminal, denominada "domínio de cidades", vem colocando em xeque a eficiência da segurança pública em diferentes municípios do país. Mais bem equipados e organizados do que para roubos ocasionais, grupos com 15 a 30 pessoas conseguem aterrorizar cidades inteiras e controlar pontos estratégicos delas. Fortemente armados com fuzis, metralhadoras e explosivos, eles chegam a usar civis como escudos humanos para inviabilizar a ação da polícia