Segundo a Polícia Civil, Euler Fernando Grandolpho, o atirador que matou cinco pessoas e feriu outras três em Campinas (SP), já planejava o ataque ao menos desde 2008 e apresentava indícios de distúrbios mentais.
Os investigadores encontraram em anotações e áudios gravados pelo atirador e apreendidos em sua casa, que indicavam que ele já planejava um ataque. A Policia Civil também divulgou uma foto achada no material apreendido em que Euler Grandolpho aparece posando com a arma utilizada no crime.
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"A chacina está programada desde fim de 2008 quando tinha (eu) mais consciência dos valores e me perguntava: o que estas aberrações estão fazendo?", escreveu Euler em uma de suas anotações.
No aúdio, deixado em um gravador apreendido pela polícia, Euler ainda faz um desabafo em tom de justificar o que pretendia fazer.
"Qualquer pessoa que tenha um mínimo de consciência faria o que eu vou fazer. Não tenho dúvida disso. É lamentável chegar nessa conclusão, mas é o que vai acontecer. Eu garanto que a minha alma vai ficar em paz", diz o atirador na gravação (Ouça abaixo).
O caso
Um atirador abriu fogo em uma catedral em Campinas, a 99 km de São Paulo, e deixou cinco pessoas mortas e três feridos, em 11 de dezembro. Os disparos ocorreram, segundo o 8º Batalhão da Polícia Militar, dentro da Catedral Metropolitana, na região central do município.
A ação do atirador foi flagrada por câmeras de segurança instaladas dentro da igreja. Entre os mortos, estão quatro homens e uma mulher. O autor teria usado uma pistola automática e um revólver durante a ação e se matou após os disparos.
De acordo com uma funcionária da catedral, Terezinha Pereira dos Reis, os tiros ocorreram após o fim de uma missa. “Estava saindo apara almoçar e escutei muitos tiros”, disse ao R7. “O pessoal estava cantando e algumas pessoas ainda estavam dentro da catedral”, afirma.