Uma festa clandestina com cerca de 100 pessoas foi interrompida pela Polícia Civil em Osasco, região metropolitana de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (29), em meio à fase de transição do Plano São Paulo para conter a pandemia de covid-19.
O evento aconteceu na rua João da Cruz e Souza, no Jardim Munhoz Júnior, segundo o Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos).
A ação faz parte do Comitê de Blitz criado pelo Governo de São Paulo para reforçar a fiscalização do cumprimento das medidas restritivas contra a pandemia e atuar contra festas e aglomerações.
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O local, que de dia funcionava como uma barbearia, à noite era transformado em uma balada clandestina. Toda a estrutura era improvisada para dar conta da festa. Um tapume de madeira era improvisado como porta de entrada, bloqueando a visão de quem passava pela rua, para não levantar suspeita da aglomeração que acontecia dentro do estabelecimento.
No entanto, mesmo com o bloqueio, o som alto, com artistas que se apresentavam ao vivo, denunciou a festa.
De acordo com a Record TV, os policiais se aproximaram do local sem que os frequentadores percebessem. Assim que as equipes entraram, o som foi imediatamente cortado.
Dentro da barbearia, 106 pessoas consumiam bebidas alcoólicas e faziam uso de narguilé, além de se aglomerarem em um local com pouca ventilação. Dentre os presentes, 64 não utilizavam máscara de proteção, essencial para o combate à transmissão do coronavírus.
Segundo o delegado do Garra, Eduardo Brotero, o local possuía condições precárias de segurança, como a falta de um extintor de incêndio e fiação elétrica comprometida, indicando a iminência de um acidente. Ele ainda afirmou que a barbearia não tinha janelas, entrada de ar fresco ou ventilação ambiental.
No local, a polícia apreendeu equipamentos de controle de som, computadores, duas máquinas caça-níqueis e cinco máquinas de cartão.
Após apresentarem a documentação, os frequentadores foram liberados para evitar aglomerações na delegacia. Sete pessoas, entre organizadores e músicos, foram encaminhadas para a delegacia e autuadas por infração de medida sanitária preventiva.
A multa para cada pessoa que estava no evento pode chegar a R$ 500 reais, mas caso a pessoa estiver sem máscara, o valor pode chegar a até R$ 5 mil. O estabelecimento foi autuado pelo Procon e, posteriormente, lacrado.
Em apenas cinco dias, esse é o sexto lugar interditado por descumprir as regras do Plano São Paulo na capital e região metropolitana.