Uma base comunitária da Polícia Militar sofreu um ataque, por volta da 1h desta terça-feira (24), no Parque Novo Mundo, na zona norte de São Paulo. Dois suspeitos foram baleados durante uma suposta troca de tiros com policiais militares e morreram.
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De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos chegaram em dois carros, um preto e um prata, e entraram pela contra mão. O grupo atirou com fuzis contra a base comunitária, localizada na Praça Novo Mundo. Havia dois policiais dentro no local durante o ataque.
Um dos homens desembarcou do veículo e jogou um coquetel molotov em uma viatura que estava estacionada em frente ao prédio. Os policiais reagiram ao ataque e houve uma troca de tiros.
Durante o tiroteio, o homem que estava com o coquetel foi atingido e morreu no local. Após o lançamento do coquetel, houve um incêndio, extinto pelos próprios policiais.
A funcionária de um bar próximo à base, Izonete Oliveira, afirma que ouviu o barulho dos tiros e, em seguida, dois veículos passaram em alta velocidade em frente ao estabelecimento.
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O ataque deu início a uma perseguição, que terminou em um terminal de cargas, localizado na Rua Renato Serra, no Jardim Julieta, há cerca de cinco quilômetros do endereço da base. No terminal, segundo a Polícia Militar, houve uma nova troca de tiros e mais um suspeito foi atingido e morto.
Em frente à base há um lava rápido onde alguns carros estavam estacionados e foram atingidos durante o tiroteio. Os automóveis foram removidos para passarem por perícia e a praça foi interditada.
A polícia ainda não sabe quantas pessoas participaram da ação, pois parte do grupo conseguiu fugir. A motivação para o ataque ainda não foi esclarecida e será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).
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A perícia esteve na base e recolheu as cápsulas que estavam no local. Durante a manhã desta terça-feira (24), os dois policiais que estavam no imóvel prestaram depoimento no departamento. Pelo menos oito tiros atingiram a porta de vidro na entrada da base.
Motivações
De acordo com o comandante do batalhão, Major Pontiroli este é o segundo ataque sofrido na base. O primeiro ocorreu em 2006, ano em que policiais, agentes penitenciários, delegacias de polícia, cadeias, viaturas, ônibus e prédios públicos foram alvo de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A ação da organização criminosa daquele ano foi motivada pela transferência de detentos para o presídio de Presidente Vescenlau, unidade de segurança máxima no interior de São Paulo. A rebelião deu origem a uma série de ataques por homens encapuzados, que resultou em mais de 500 pessoas mortas. A série de ataques é conhecida como Crimes de Maio.
Por meio de nota, a SSP afirmou que o caso será registrado pelo DHPP. Com eles, o órgão afirmou que foram apreendidos um revólver e uma pistola 380, encaminhados à perícia, assim como as armas dos policiais envolvidos na ação.