Boate de Heliópolis onde soldado teria sido sequestrado é lacrada
Policiais encontraram equipamentos de som, bebidas geladas e imagens que fazem apologia ao crime no imóvel emparedado
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
A boate de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, onde o soldado Leandro Patrocínio teria ido antes de ser sequestrado foi lacrada pela polícia. No local, havia equipamentos de som e bebidas geladas, o que indica que seria palco de um evento em meio à pandemia do novo coronavírus. As informações são da Record TV.
A casa noturna Helipa Lounge fica muito próxima ao imóvel que foi utilizado como cativeiro do PM e onde foi encontrado o relógio da vítima. No local estavam as digitais de dois suspeitos de envolvimento no crime. Leandro de Jesus Tavares foi identificado e já está preso.
A Justiça já decretou a prisão temporária de outros dois suspeitos, que ainda não foram localizados.
A casa noturna estava fechada e teve o portão arrombado. O local não tinha licença para funcionar. De acordo com o delegado Douglas Dias, o local seria frequentado por criminosos e tem nas paredes figuras que fazem apologia ao crime, como uma imagem de Pablo Escobar, de outros gângsters e mafiosos.
Leia também
Todos os acessos à balada foram emparedados e lacrados com blocos de concreto por funcionários da prefeitura.
Uma força-tarefa acontece na comunidade para tentar prender os demais suspeitos de participação na morte do soldado, que desapareceu no dia 29 de maio. Uma semana depois, o corpo foi encontrado em um terreno da Petrobras, ao lado de Heliópolis.
O crime
O soldado Leandro Patrocínio, de 30 anos, desapareceu no dia 29 de maio, depois de ir até à comunidade para frequentar um baile funk. Depois, segundo a polícia, ele poderia ter se envolvido em uma briga, dentro ou fora da casa noturna.
Por ter sido identificado como policial, ele foi levado para o cativeiro, onde passou a ser agredido e depois foi morto. O corpo foi enterrado em uma cova rasa em um terreno baldio na mesma região.
Leandro estava lotado em um batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, localizado na rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Ele entraria no trabalho às 5h de domingo (30), porém nunca apareceu. Toda a família mora no Rio de Janeiro.