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Brasileiras presas na Alemanha após troca de malas vão buscar reparação na Justiça

Em razão dessa troca de etiquetas, elas foram envolvidas em um esquema de tráfico de drogas já esclarecido pela Polícia Federal

São Paulo|

As goianas Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40, foram soltas nesta terça-feira (11)
As goianas Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40, foram soltas nesta terça-feira (11) As goianas Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40, foram soltas nesta terça-feira (11)

As goianas Kátyna Baía, de 44 anos, e Jeanne Paolini, de 40, ainda não têm data para retornar ao Brasil, segundo a família. Elas foram libertadas na tarde desta terça-feira (11) após terem passado mais de um mês detidas na cidade de Frankfurt, na Alemanha. Lorena Baía, irmã de Kátyna, afirmou que a personal trainer e a veterinária pretendem entrar com ação na Justiça contra os responsáveis pela troca de identificação da bagagem delas, que ocorreu dentro do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, no dia 4 de março.

Em razão dessa troca de etiquetas, elas foram envolvidas em um esquema de tráfico de drogas já esclarecido pela Polícia Federal. O casal foi preso em 5 de março, data em que daria início a 20 dias de férias por cidades da Europa.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais nesta quarta-feira (12), Lorena e a advogada Luna Provázio, que também está em Frankfurt, assim como a mãe de Jeanne, Valéria Paolini, falam do reencontro com as duas goianas. "Nós quase não dormimos esta noite, mas foi por uma causa muito boa: tivemos a emoção de chegar aqui na cidade e encontrar Kátyna e Jeanne soltas. Elas tiveram a inocência delas reconhecida também aqui na Alemanha", afirmou a irmã.

Lorena disse que Kátyna e Jeanne estão "muito cansadas e desgastadas emocionalmente". "Foram privadas de sono durante todos esses dias", afirmou. Em foto divulgada em redes sociais, Kátyna e Jeanne brindaram a liberdade recém-conquistada com cerveja.

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No começo da semana, Lorena havia narrado o drama vivido pelas brasileiras na Alemanha. "Elas foram detidas no aeroporto separadamente, algemadas pelos pés e mãos, escoltadas por vários policiais, e a única palavra que entendiam era cocaína", relata a irmã. Segundo Lorena, elas tentaram argumentar que aquelas não eram suas malas, pois tinham cores e pesos diferentes, mas os policiais só repetiam a palavra "cocaína".

As duas, contou a irmã, tiveram as mãos raspadas para coleta de DNA, sem que tivessem dado autorização para isso. A bagagem de mão foi retida, e elas ficaram sem os medicamentos e agasalhos. As duas foram levadas para celas separadas. No local, que era frio e tinha as paredes escritas com fezes, elas ficaram três dias, nos quais lhes foram oferecidos apenas pão e água.

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Depois, elas foram transferidas para o presídio feminino de Frankfurt, onde permaneceram separadas até esta terça-feira. Lá, conviveram com mulheres condenadas por diversos crimes em celas desconfortáveis e frias.

A advogada Luna Provázio classificou de "marco histórico" a decisão da Justiça alemã. "O Ministério Público alemão solicitou a soltura das duas de imediato, encaminhando o pedido direto para o presídio." Elas não deram informações sobre ações que pretendem mover na Justiça.

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Relembre o caso

A polícia alemã apreendeu no início de março duas malas com 20 kg de cocaína cada uma etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna, que foram presas.

A base para a liberação foram as imagens que mostram as bagagens sendo trocadas durante uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, um dia antes do embarque das duas brasileiras, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por bagagem com drogas ao viajar para Paris, na França, mas não foi presa.

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A Operação Iraúna, da PF, já prendeu sete pessoas por envolvimento no caso.

A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informou que o manuseio das bagagens, desde o momento do check-in até a aeronave, é de responsabilidade das empresas aéreas. A concessionária afirma que contribui, quando solicitada, com informações aos órgãos policiais. Esclarece, por fim, que, quando ocorre um incidente, se reúne com as autoridades policiais para discutir melhorias nos protocolos de segurança.

Em nota, a Latam, companhia pela qual as goianas viajaram, disse acompanhar o caso com a máxima prioridade e que "tem colaborado com as investigações desde que foi contatada pelas autoridades, prestando também apoio às famílias das passageiras". "A Latam reforça que nenhum dos funcionários envolvidos pertence à companhia, continuará acompanhando os desdobramentos e repudia veementemente o ocorrido."

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