Brasileiras que ficaram presas na Alemanha recuperam bagagens originais
Kátyna Baia e Jeanne Paolini foram vítimas de uma quadrilha que agia no aeroporto de Guarulhos trocando malas de passageiros
São Paulo|Do R7*
As duas brasileiras que foram presas na Alemanha após terem as malas trocadas por bagagens com drogas, em abril deste ano, conseguiram recuperar seus pertences cinco meses depois do incidente.
O Ministério Público da Alemanha devolveu as malas de Kátyna Baia e Jeanne Paolini e outros pertences, como os celulares das brasileiras, que passaram por perícia na Europa. A defesa das goianas acrescentou que o dinheiro que elas levaram para a viagem, apreendido pelas autoridades alemães, também foi recuperado.
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Apesar das conquistas na Justiça da Alemanha, a advogada Luna Provazio afirmou que o processo contra Kátyna e Jeanne só será encerrado após a colaboração do governo brasileiro. As autoridades alemãs esperam que os ministérios da Justiça e Relações Exteriores enviem os autos das investigações sobre a quadrilha responsável por incriminar as goianas.
“A entrega dos nossos pertences sinaliza que está muito próximo do Ministério Público alemão encerrar de vez essa injusta acusação de tráfico internacional de drogas. É um motivo de grande felicidade para nós”, afirmou Kátyna Baía.
Segundo a Polícia Federal, uma quadrilha que atuava dentro do terminal de passageiros do aeroporto de Guarulhos retirou as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne e colou os adesivos nas bagagens com as drogas.
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Quando o voo chegou a Frankfurt, na Alemanha, as autoridades do país encontraram os entorpecentes e identificaram os pertences como sendo das brasileiras.
Estima-se que a quadrilha tenha enviado 43 kg de cocaína somente nas malas das brasileiras. Durante as operações contra o grupo, a PF prendeu 18 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.
“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mias, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou Jeanne.
*Com a colaboração de Matheus Almeida
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