O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou nesta terça-feira (19) que o Instituto Butantan não tem estoque suficiente de CoronaVac para vacinar de imediato todas as crianças entre 3 e 4 anos no estado. Segundo o mandatário, o instituto e o governo estadual esperam a inclusão dessa faixa etária no PNI (Programa Nacional de Imunizações) pelo Ministério da Saúde para que seja dado andamento à fabricação do imunizante.
A vacinação de crianças com mais de 5 anos já vinha ocorrendo no país. Os meninos e meninas com 5 anos recebem doses da Pfizer, enquanto os que têm entre 6 e 11 anos já estavam recebendo a CoronaVac. Na última semana, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ampliou o público que pode ser vacinado com a CoronaVac, incluindo a faixa etária de 3 a 5 anos. Agora, o Ministério da Saúde deverá oficializar a imunizacão desse público com a vacina fabricada pelo Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.
"O Butantan nos informa que não tem estoque em relação à CoronaVac e que aguarda a inclusão no Programa Nacional de Imunizações dessa vacina para crianças de 3 e 4 anos para que ele possa acionar o laboratório parceiro, trazer as vacinas, envasar e distribuir para todo o Brasil. O início desse processo vai se dar com a inclusão oficial da CoronaVac para vacinar crianças de 3 e 4 anos no PNI", afirmou Garcia.
Garcia disse que alguns prefeitos já iniciaram a vacinação: "E eu os cumprimento por essa iniciativa. Eles têm autonomia federativa para tomar essa decisão. Agora, é importante o ministério se pronunciar rapidamente para que a gente inicie a importação e o envase dessas vacinas. Porque, senão, em algum momento, nós vamos ter falta de vacina", afirmou.
No estado de São Paulo, 1,1 milhão de crianças têm direito a tomar essa vacina.
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O governador descartou que de imediato o estado de São Paulo fará um movimento no sentido de comprar diretamente os imunizantes do Butantan, como já fez em outros momentos da pandemia. "Não é correto só SP com recursos próprios vacinar crianças paulistas. O ideal seria que todo o Brasil pudesse vacinar essas crianças", afirmou.
A cidade de São Paulo, por exemplo, divulgou que inicia na quarta-feira (20) a vacinação de crianças com 3 e 4 anos e com comorbidades, deficiência ou indígenas. A capital tem cerca de 15 mil crianças com comorbidades nessa faixa etária.