Cães achados em sítio de Itu (SP) estavam acorrentados e separados
Fundadora da Aspa de Itu afirma que no local foi encontrada esteira para treinamento do animal e tambores perfurados para transporte do cão
São Paulo|Andrea Giusti e Joyce Ribeiro, do R7
A fundadora da ONG Aspa (Associação de Socorro e Proteção aos Animais de Itu), Patrícia Gollitsch Daunt, afirmou nesta terça-feira (17) que os 33 cachorros da raça pitbull encontrados pela polícia em um sítio em Itu, no interior de São Paulo, estavam acorrentados e distantes uns dos outros.
Foi a polícia quem procurou a ativista. "Chegando lá, eu encontrei uma situação lamentável. A gente se segura para não cair no choro porque a gente vê os animais acorrentados, pedindo carinho, e a sensação é de não poder fazer nada", revelou Patrícia Daunt.
Leia mais: Justiça mantém 1 preso e libera 40 dos detidos em rinha de cães
O local seria propriedade de um dos homens detidos em uma chácara em Mairiporã, na Grande São Paulo, onde pit bulls eram utilizados em rinhas internacionais. Segundo a Polícia, os investigadores foram até o local após receberem uma denúncia anônima de que havia um grande número de cachorros no sítio.
Leia também: Além de feridos, cães encontrados em rinha em SP eram assados
Segundo a fundadora da ONG Aspa, havia no local cães doentes, animais silvestres, até uma esteira de treinamento foi encontrada. Foram localizados também medicamentos e um tambor perfurado, que seria usado para transporte dos animais, além de um local para rinha.
A Aspa Itu já tem 400 animais e não poderia acolher os pit bulls que precisam de tratamento específico. Os cães foram direcionados para outras instituições em Indaiatuba, São Paulo, Mairiporã e Americana.