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Câmeras flagram Paulo Cupertino em rodoviária de Corumbá (MS)

Após ser reconhecido e deixar o Paraguai, investigação indica que assassino do ator Rafael Miguel estaria tentando fugir para a Bolívia 

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Imagens obtidas com exclusividade pela Record TV mostram Paulo Cupertino, assassino da família do ator Rafael Miguel, em fuga na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. As cenas foram flagradas por câmeras do sistema de monitoramento da rodoviária da cidade no dia 25 de novembro.

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A polícia analisa se é mesmo Cupertino o homem que aparece no registro. Ele está mais magro e carrega, com dificuldade, duas malas. As imagens foram obtidas porque populares que estavam na rodoviária reconheceram o fugitivo e entraram em contato com a polícia.

Paulo Cupertino usou RG falso, obtido no PR, para se manter em fazenda no MS
Paulo Cupertino usou RG falso, obtido no PR, para se manter em fazenda no MS

Investigadores acreditam que Cupertino, após deixar o Paraguai, estava tentando chegar à Bolívia. Um motorista de aplicativo disse que atendeu uma chamado dele e que o pedido era para deixá-lo em uma cidade próxima à fronteira do país vizinho.


A fuga de Cupertino rumo à Bolívia aconteceu depois que ele foi reconhecido em uma fazenda no Paraguai. Cupertino permaneceu 22 dias escondido em uma fazenda de soja na cidade de Yataity del Norte, no Paraguai. A propriedade rural fica em uma área isolada no interior do país e que pertence a outro brasileiro.

Paraguai

Segundo as investigações, Cupertino teria chegado ao esconderijo no Paraguai após decolar de um aeródromo a 320 km de Eldorado, no Mato Grosso do Sul, em um avião pilotado por Alfonso Helfenstein, amigo e dono do sítio onde ele ficou escondido por cerca de 15 meses com identidade falsa.


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O piloto também é amigo e funcionário do proprietário da fazenda no território paraguaio onde o assassino se escondeu — que negou ter conhecimento da presença de Cupertino nas suas terras.


No período em que permaneceu na fazenda, Cupertino trabalhou no cultivo de soja e milho. Segundo relatos de funcionários, ele falava pouco e se mantinha sempre muito distante dos agricultores brasileiros.

"Trabalhava normal, normal. Mas, sempre prestativo, queria sempre ajudar. Era muito bonzinho, ninguém suspeitava nada, porque o homem era muito bom", disse um dos trabalhadores, sob condição manter a identidade em sigilo.

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Os agricultores brasileiros também contaram que Cupertino mantinha uma aparência diferente daquela no tempo que ficou escondido no Mato Grosso do Sul. Ele já não usava mais a barba longa, mas sim apenas um cavanhaque, e passava a maior parte do tempo de máscara.

Ainda segundo os trabalhadores rurais, um policial paraguaio que vistava parentes na fazenda, teria reconhecido Cupertino. O dono da propriedade foi avisado e o assassino fugiu mais uma vez e apenas com a roupa do corpo, deixando tudo para trás. Os seus pertences teriam sido queimados por ordem do fazendeiro.

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