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Cartórios do país registram 40% mais óbitos no 1º trimestre de 2021

Segundo Arpen-Brasil, foram lavradas 434.351 mortes no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de março, sendo 131.633 por covid-19

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Corpo de vítima de covid-19 é sepultado no Cemitério da Vila Formosa, em SP
Corpo de vítima de covid-19 é sepultado no Cemitério da Vila Formosa, em SP

O registro de óbitos no Brasil durante os três primeiros meses de 2021 nos cartórios civis foi 39,4% maior que o contabilizado em igual período de tempo no ano passado, conforme dados revelados nesta quarta-feira (7) pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais).

Segundo a entidade, entre 1º de janeiro e 31 de março deste ano, foram lavrados 434.351 óbitos nos cartórios civis do país, segundo a Arpen. São 131.633 mortes por covid-19 neste intervalo de tempo. No mesmo período do ano passado, os registros somaram 311.599.

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"É de assustar. A covid-19 é a diferença. Não tem como falar que não é a pandemia. São números", comentou o vice-presidente da Arpen-Brasil, Luis Carlos Vendramin Júnior.

Segundo o vice-presidente da Arpen-Brasil, historicamente, a média de crescimento dos óbitos registrados nos cartórios brasileiros nos últimos dez anos oscilou entre 1,5% a 2% ao ano. Mas a pandemia do novo coronavírus provocou uma mudança significativa nas estatísticas.


"Nesta semana, estou lavrando óbitos da semana passada, registrando mortes de março. Os números são dinâmicos. [O balanço final] deve ser ainda maior", complementou Vendramin.

Dados de 2020

Os óbitos registrados em todo o ano de 2020, ano que marcou a chegada da pandemia ao país, por todos os cartórios do território alcançaram 1.443.405, número 8,3% maior do que no ano anterior, superando a média histórica de variação anual de mortes no Brasil.


Explosão de pedidos 2as vias

O aumento no número de óbitos registrados ao longo da pandemia, assim como as restrições à circulação de pessoas e horários reduzidos de atendimento em alguns estados, repercutiram também outra estatística contabilizada pelos cartórios de registro civil brasileiros.

Segundo a Arpen-Brasil, houve um crescimento de 162% nos pedidos de segundas vias de certidões de óbitos, nascimentos e casamentos por meio eletrônico em 2020 em relação ao ano anterior.

O documento é necessário para uma série de atos do dia a dia, de sepultamentos a solicitações de benefícios da Previdência Social, compra e venda de imóveis, entrada em inventários, separações, divórcios e outros serviços.

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