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Caseiro que colocou na água moto aquática que atropelou menina é ouvido pela Justiça

Garota de três anos foi morta na praia de Bertioga em fevereiro de 2012; menor pilotava veículo

São Paulo|Do R7, com Rede Record

Grazielly tinha ido à praia pela primeira vez quando foi morta pela moto aquática
Grazielly tinha ido à praia pela primeira vez quando foi morta pela moto aquática Grazielly tinha ido à praia pela primeira vez quando foi morta pela moto aquática

O caseiro Erivaldo Francisco de Moura compareceu a uma audiência do caso da menina atropelada por uma moto aquática, realizada no Fórum de Bertioga, no litoral paulista. Ele não tinha aparecido em outros dois chamados da Justiça. Na chegada, o réu não quis falar com a imprensa.

A menina Grazielly Almeida Lames, de três anos, foi atropelada por uma moto aquática, pilotada por um adolescente, em fevereiro de 2012, em Bertioga. Moura foi a quarta pessoa a ser incluída no processo, pois foi quem transportou a moto aquática até a água para o menor de 13 anos pilotar. Além dele, outras três pessoas já respondem pelos crimes de homicídio culposo — sem intenção de matar — e lesão corporal culposa.

Quando a denúncia chegou à Justiça, em abril de 2012, o juiz Rodrigo de Moura Jacob considerou que o caseiro não teve conduta imprudente e aceitou a acusação apenas contra José Augusto Cardoso, padrinho do adolescente e dono da moto aquática; Thiago Veloso Lins, dono da mecânica Jet Sky Riviera; e o mecânico do estabelecimento Ailton Bispo de Oliveira. O equipamento teve uma falha, mesmo depois de passar por manutenção, um dia antes.

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O desembargador Marco Antonio Marques da Silva, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, argumentou que “José Augusto ordenou a seu caseiro que colocasse a moto aquática no mar, para que os adolescentes pudessem usá-la”. Na decisão, ele ainda acrescentou que, “os indícios de autoria restaram demonstrados, havendo elementos probatórios nos autos indicando que Erivaldo Francisco de Moura colocou a moto aquática no mar, entregando as chaves para os adolescentes”.

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O caseiro e a mulher dele chegaram a ser ouvidos pela Justiça em agosto de 2012, na condição de testemunhas. A mãe de Grazielly também prestou depoimento em 2012. A família de Grazielly pede 20.000 salários mínimos, o que equivale a R$ 12,4 milhões de indenização por danos materiais e morais.

A repercussão do caso fez com que fosse criada uma parceria entre a Prefeitura de Bertioga e a Capitania dos Portos para fiscalizar o tráfego de embarcações.

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O caso

Grazielly Almeida Lames, de três anos, estava na areia da praia com a mãe, quando foi atingida pela moto aquática. Um adolescente de 13 anos conduzia o equipamento quando perdeu o controle do veículo. Ele responde por ato infracional.

Foi constatado que o padrinho dele autorizou o uso da moto aquática, que foi colocada na água pelo caseiro. O aparelho tinha passado por manutenção um dia antes, mesmo assim, um defeito fez com que ele fosse desgovernado até a areia da praia e atingisse a criança e uma outra mulher, que ficou ferida. A menina chegou a ser resgatada pelo helicóptero Águia, mas não resistiu aos ferimentos. 

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