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Caso Raíssa: Família de menino suspeito ainda não voltou para casa

Conforme um vizinho, garoto aparentava ser tranquilo e gostava de ajudar moradores a carregar sacolas de mercado. Amigos relatam agressividade

São Paulo|Do R7

Menino está apreendido na Fundação Casa
Menino está apreendido na Fundação Casa

A família do menino de 12 anos apreendido por suposta participação na morte da menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, 9 anos, não voltou para casa, em um bairro da perifeiria da zona norte de São Paulo, desde o inicío das investigações sobre o caso, na segunda-feira (30).

De acordo com apuração da Record TV, a família se mudou recentemente para o local e não tinha muito contato com a vizinhança. A mãe do adolescente conhecia poucos moradores da região. A suspeita dos vizinhos é que a eles foram para casa de parentes em um município na região metropolitana.

Assista: Mãe do adolescente fala com o Cidade Alerta

Já o menino, que estudava no período da manhã, passava as tardes na rua brincando com as outras crianças do bairro. De acordo com o vizinho Anderson Oliveira, o adolescente se demonstrava bem tranquilo e gostava de jogar bola com os novos amigos.


Outra característica que marcava o menino, segundo Anderson, era a solidariedade. O bairro onde moram tem um mercado e o menino costumava ajudar os moradores a levar as compras para casa. "Quando os vizinhos [carregavam sacolas] muito pesadas, ele perguntava se queriam ajuda".

No entanto, outros adolescentes afirmaram para a Record TV que o menino tinha comportamentos agressivos e, geralmente, as brincadeiras acabavam por causa da violência dele. "Se a gente falasse alguma coisa para ele, ele ia lá e queria bater", diz uma amiga adolescente.


Para a Polícia Civil, o garoto já mudou de versão diversas vezes. A mãe também teria dado uma versão aos policiais e, depois, voltou atrás.

A primeira versão o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, apurou diz que o menino havia brincado com Raíssa e, em determinado momento, começou a brigar e agredí-la


Nesta versão, que teria sido a primeira dada pela mãe aos policiais e a segunda do adolescente, o garoto teria amarrado Raíssa em uma árvore e seguido as agressões até matá-la. Em seguida, avisou a guardas do parque que havia encontrado o corpo e foi embora para casa.

Ainda conforme esse depoimento, quando chegou em casa o menino teria contado toda história para mãe (que cometeu o crime). A mulher, então, avisou outros familiares e foi para delegacia.

Veja também: Prima de Raíssa relata que menino suspeito tentou feri-la com tesoura

No entanto, em entrevista à Record TV na última quarta-feira (2), a mãe disse que em momento nenhum afirmou que o filho havia matado Raíssa e que ele teria dito apenas que viu a menina sendo assassinada por um outro homem.

"Tem muitas coisas que precisam ser esclarecidas. E muita coisa que foi dita não é verdade. O fato de eu ter dito que o meu filho assumiu ou que foi ele, entendeu? Sendo que tem uma outra história aí e as pessoas não estão dando", disse a mãe do adolescente.

O delegado Luiz Eduardo Marturano, responsável pelas investigações, disse que nenhum possibilidade e possíveis participações de outras pessoas no crime não foram descartadas. O caso segue em investigação no DHPP.

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