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Caso Yoki: Legista presta depoimento em júri de Elize Matsunaga

Ele é a última testemunha do MP. Júri de acusada de matar herdeiro da Yoki entra no 4º dia

São Paulo|Ana Ignacio, do R7

Elize (de blusa e casaco claros) no quarto dia de júri
Elize (de blusa e casaco claros) no quarto dia de júri Elize (de blusa e casaco claros) no quarto dia de júri

O médico-legista Carlos Alberto Coelho começou a ser ouvido nesta quinta-feira (1), no quarto dia de júri de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, herdeiro da Yoki.

O depoimento do perito começou às 9h35, com um apresentação técnica exibida no telão do plenário com detalhes de como uma bala sai da arma, além de outras particularidades sobre análise de tiros e de fraturas.

Enquanto as imagens eram exibidas, Elize, que passou todos os dias do júri sempre de cabeça baixa conversado apenas em alguns momentos com os advogados, não olhava para a apresentação.

Pela primeira vez, ela ficou folheando páginas do material trazido pela defesa em diversas apostilas. Durante cerca de meia hora, a acusada mexeu nos documentos e chegou a colocar uma pilha dos cadernos no colo.

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Quando a apresentação do perito foi concluída, ela guardou o material e voltou a colocar as mãos em cima das pernas e olhar para baixo enquanto ouvia o início das perguntas feitas pelo Ministério Público. Coelho é a última testemunha da acusação. Até o momento, dez pessoas já depuseram e outras nove (incluindo Coelho) ainda devem ser ouvidas.

Com o depoimento do perito, a acusação pretende comprovar a tese de que o tiro que atingiu Marcos foi a curta distância e que ele foi esquartejado ainda vivo, como indicou o laudo necroscópico. Essas informações são contestadas pela defesa, baseadas em um laudo de exumação do corpo do empresário. Sobre a precisão dos exames, o perito afirmou:

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— O mais próximo possível da morte oferece mais elementos para o legista atuar. A exumação só tem a capacidade de complementar uma dúvida bem específica. O objetivo é [verificar] alguma alteração que perdure por muitos anos.

O corpo do empresário foi exumado em março de 2013, menos de um ano após o crime.

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Além disso, o perito falou sobre os cortes realizados no empresário e, com o auxílio de imagens das partes do corpo, mostrou que o esquartejamento começa pela cabeça e braços e que termina pelos membros inferiores. Ele confirmou que o conjunto de informações que o laudo apresenta indica que Marcos foi decapitado ainda vivo, já que o pulmão continha sangue aspirado. Segundo Coelho, no entanto, não é possível dizer se ele sentiu alguma dor no momento dos cortes, como disse outro perito ouvido pelo júri na tarde de quarta-feira (30). 

— Não posso garantir [se sentiu dor], Posso supor que não houve dor, mas não temos essa comprovação pela necropsia. 

Juri

O julgamento de Elize começou na segunda-feira (28) e dez testemunhas foram ouvidas até quarta-feira (30). Os depoimentos de Jorge Pereira de Oliveira, perito do IML (Instituto Médico Legal) de Cotia, e do legista Ricardo Salada levaram toda a tarde e o início da noite de quarta-feira. Pela manhã, foram ouvidas a prima de Marcos e um policial civil que participou das investigações do caso. Nos demais dias, prestaram depoimento duas babás do casal, o detetiva que Elize contratou para investigar a traição do marido, um delegado, um funionário que trabalhava com o empresário, além de médicos legistas e peritos. 

As testemunhas de defesa, entre elas a tia de Elize, uma empregada do casal, dois advogados além de médicos-legistas e peritos — incluindo o responsável pelo laudo de exumação de Marcos Matsunaga, ainda não foram ouvidas.

Elize Matsunaga chora ao sentar no banco dos réus:

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