Caso Yoki: nova reconstituição do crime é feita hoje sem a participação de Elize
Bacharel de direito é acusada de matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em 2012
São Paulo|Do R7, com SP no Ar
Uma nova reconstituição da morte do empresário Marcos Matsunaga está sendo realizada nesta sexta-feira (14), em Cotia, na Grande São Paulo. O executivo da Yoki foi baleado e esquartejado pela mulher, Elize Matsunaga, que confessou o crime. O Ministério Público quer saber se Elize teve ajuda para se livrar do corpo.
A reconstituição é feita na estrada dos Pires, onde partes do corpo de Matsunaga foram descartadas. A vítima foi morta em maio de 2012 dentro do apartamento onde morava com a mulher e a filha pequena do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. As imagens das câmeras de segurança do edifício flagraram Elize, 12 horas após o crime, sozinha no elevador com três malas. À polícia, ela contou que deixou as malas em uma caçamba e a faca supostamente utilizada no esquartejamento na lixeira de um shopping.
Moradores da região da estrada dos Pires foram os primeiros a encontrar sinais do crime e chamaram a Guarda Municipal. O corpo de Matsunaga foi colocado em sacolas e espalhado em cinco pontos da estrada. O Ministério Público ainda tem dúvida sobre os detalhes do que aconteceu naquele dia e pretende simular todos os passos de Elize a partir do momento em que ela tentava esconder os restos mortais do marido.
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Elize não irá participar da reconstituição. A defesa se manifestou por meio de nota e disse que considera ilegal a perícia prevista para esta sexta-feira. Afirma ainda que o interesse é apenas produzir provas para o júri.
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Perícia em dezembro
Em dezembro do ano passado, peritos do Instituto de Criminalística estiveram no edifício na Vila Leopoldina para identificar a existência de possíveis "pontos cegos" no local. A nova perícia havia sido requisitada pelo Ministério Público, no inquérito policial que apura a presença de uma terceira pessoa na cena do crime, além da acusada e da vítima. A investigação foi aberta em outubro de 2012, a pedido do promotor de Justiça José Carlos Cosenzo.
Cosenzo está convencido de que é viável entrar no apartamento onde o casal morava sem ser flagrado pelas câmeras de segurança do prédio. Desde que confessou ter matado o marido, Elize sempre sustentou que praticou o assassinato e se livrou do corpo de Matsunaga sozinha.
Durante entrevista ao R7 em dezembro de 2013, representante do MP disse que o inquérito está tentado verificar ainda, de “forma técnica e científica”, qual foi o tempo gasto por Elize a partir do momento em que ela saiu do apartamento até Cotia, onde partes do corpo da vítima foram deixadas.
— Qual o tempo que ela gastou na ida e verificar, dentro dessa cronologia, se eram razoáveis os horários e os momentos em que ela fez as ligações que foram detectadas por Estações Rádio Base [...] Se ela estava no local em que a antena captou, se era possível, dentro daquele local, desenvolver a viagem para chegar, mais ou menos, no momento em que testemunhas verificaram alguém ali jogando os pedaços do corpo.
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