Casos de síndrome gripal explodem em dezembro na cidade de SP
Foram 91.882 atendimentos, sendo 45.325 suspeitos de Covid-19. Prefeitura investiga se há efeito de outros vírus respiratórios
São Paulo|Gabriel Croquer, do R7
Os atendimentos de síndrome gripal explodiram no mês de dezembro nas unidades de saúde da Prefeitura de São Paulo e totalizam 91.882 atendimentos na primeira quinzena do mês, sendo 45.325 destes casos suspeitos de Covid-19. Em todo o mês de novembro, foram 111.949 atendimentos a sintomas gripais (56.220 suspeitos do novo coronavírus).
A informação é da própria prefeitura, que em resposta ao aumento de casos vai iniciar nesta semana um mutirão de testes rápidos em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), PAs (Prontos Atendimentos) e prontos-socorros para identificar quais destas enfermidades são Covid-19.
Vale ressaltar, no entanto, que os níveis atuais de casos e mortes da pandemia no estado são os menores desde abril de 2020, pouco depois do início da emergência sanitária. A melhoria da situação veio depois da capital e do estado atingir, respectivamente 102,4% e 95,11% da população adulta com o esquema vacinal completo.
A prefeitura também investiga se os casos estão sendo causados por outros tipos de vírus respiratórios — como aconteceu no Rio de Janeiro — coletando amostras em hospitais infantis, gerais e também em unidades privadas de saúde.
As amostras são encaminhadas ao Laboratório de Saúde Pública do Instituto Adolfo Lutz, que identifica qual é o tipo de vírus.
"Neste ano, no município de São Paulo, foram notificados 119.873 casos de Srag, com necessidade de hospitalização. Desses, 205 (0,2%) foram confirmados como provocados pelo vírus influenza. Em 2020 foram notificados 120.850 casos de Srag com hospitalização, dos quais 242 foram classificados como Srag por influenza", informou a prefeitura, em nota.
"A influenza sazonal é uma doença infecciosa febril aguda com maior risco de complicações em alguns grupos vulneráveis. A doença pode evoluir para formas mais graves como Srag e até óbito."
Por isso, a orientação oficial é de manter o distanciamento social, cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, além de sempre lavar as mãos depois de ter contato com secreção respiratória.