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Cesta básica doada em favela de SP auxilia mãe em luta por recomeço

Após prisão de marido e demissão na pandemia, ajudante geral tenta sobreviver à pandemia com duas crianças em favela de SP

São Paulo|Do R7

ONG distribuiu mais de 200 cestas básicas em favela de SP
ONG distribuiu mais de 200 cestas básicas em favela de SP ONG distribuiu mais de 200 cestas básicas em favela de SP

Cerca de 1,5 milhão de famílias já receberam assistência da Cufa (Central Única das Favelas) durante esse período de pouco mais de um ano em que o Brasil enfrenta a pandemia do novo coronavírus. Mais de 200 foram no início de abril, na favela da Ilha, região do Jardim Elba, zona leste de São Paulo. Entre os beneficiados por essa ação, está a ajudante geral Roberta Codogno, de 29 anos.

A ajuda para Roberta foi fundamental nesse momento em que passa por profundas dificuldades para se reestruturar. Ela foi uma das primeiras pessoas a sentir o peso da pandemia na questão econômica, ao ser demitida ainda em março do ano passado do trabalho de monitora de ônibus escolar. 

Mãe de um menino de 7 anos, Roberta já enfrentava uma enorme barreira antes mesmo do coronavírus. Ela viu o marido ser preso menos de um ano antes da pandemia, e se tornou o único braço para sustentar a criança.

Desempregada, sobreviveu de apoios e do Bolsa Família, de março de 2020 até o início deste ano, quando conseguiu um emprego de ajudante geral em uma padaria da região. “É perto de casa e ajuda muito para comprar as coisas que precisa. O único ruim é que não é registrado e não tenho os outros direitos”, diz Roberta.

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No serviço de ajudante geral, recebe mensalmente um pouco mais de um salário mínimo, que faz com que seja o suficiente para sustentar ela, o filho e, recentemente, uma sobrinha de 5 anos que passou a morar com ela depois que a mãe (irmã de Roberta) precisou ir embora. Além disso, ainda dá assistência ao marido, preso na Penitenciária de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo.

Na doação feita pela Cufa, Roberta ganhou cinco quilos de arroz, dois quilos de feijão, óleo, açúcar, sal, café, leite em pó, pasta de dente, sabonete e um ovo de chocolate para o filho. “Graças a Deus veio bastante coisa, ajudou muito, e já alivia para eu comprar carnes e outras coisas que meus bebês gostam com meu salário”.

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Agora, Roberta também aguarda pelo auxílio emergencial, do Governo Federal, e ajuda do programa Merenda em Casa, do Governo do Estado de São Paulo. Mas ela teme que a burocracia dificulte o acesso dela aos direitos, assim como já prejudicou outras vezes porque, diz, “parece que os documentos está tudo certo, mas sempre acontece algo para atrasar”. 

Por outro lado, a atuação da Cufa se expande em favelas de todo país e atinge números significativos de famílias auxiliadas na luta contra o coronavírus. Segundo os dados da ONG, somente em 2021, foram entregues cestas básicas para 92.240 famílias, o que representa um impacto em 368.960 pessoas. No total, foram entregues R$ 11 milhões entre janeiro e a primeira semana de abril deste ano.

No ano passado, ainda segundo as informações de transparência da Cufa, mais de 1,4 milhão de famílias receberam uma cesta básica da ONG, o que representa quase 5,7 milhões de pessoas beneficiadas. As doações representam R$ 172 milhões gastos em todo 2020.

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