Chacina de Osasco: dois acusados são julgados nesta segunda (22)
Ex-PM e guarda passarão por novo julgamento que deve durar cinco dias. Adiamento ocorreu porque advogado alegou covid-10
São Paulo|Edilson Muniz, da Agência Record
Dois réus acusados de participarem da chacina de Osasco, ocorrida em agosto de 2015, serão julgados nesta segunda-feira (22) às 10h. Na ocasião, 17 pessoas foram baleadas e outras sete ficaram feridas após ataques em Itapevi, Carapicuíba, Barueri e Osasco. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o julgamento ocorreu porque o advogado dos réus, João Carlos Campanini, informou, ter apresentado sintomas de covid-19 em novembro.
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O ex-policial militar Victor Cristilder Silva dos Santos e o guarda-civil municipal Sérgio Manhanhã, passarão por um novo julgamento pela Vara do Júri de Osasco, com previsão de duração de cinco dias. Não será permitida a entrada de público.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o caso tramita em segredo de justiça e apenas informações autorizadas pelos órgãos envolvidos poderão ser passadas.
O caso
Em suas redes sociais, o grupo de advogados que defende o ex-PM Victor Cristilder Silva dos Santos divulgou uma nota afirmando que após passar por audiência em novembro de 2020, o réu foi absolvido pela Comarca de Carapicuíba no envolvimento do crime conhecido como "pré-chacina".
A "pré-chacina" teria ocorrido no dia 08 de agosto de 2015 em Carapicuíba, com seis vítima, cinco dias antes da "grande chacina", em Osasco e Barueri que vitimou fatalmente 17 pessoas.
Segundo a defesa, no processo, foi alegado que haveria uma "correlação balística, tendo entendido os investigadores que, se Victor Cristilder foi o responsável pelos crimes do dia 08, também foi pelos crimes do dia 13, haja vista terem apurado que a mesma arma foi utilizada nos dois eventos".
De acordo com os advogados, "a absolvição de hoje faz cair por terra toda a apuração da grande chacina, uma vez que se o ex-PM não foi o responsável pela pré-chacina, impossível ser também responsável pela chacina com maior número de vítimas".
O ex-PM Victor Cristilder Silva dos Santos cumpria prisão preventiva no Presídio Romão Gomes e foi transferido para o sistema prisional comum após pedido de um juiz da 2ª instância da Justiça Militar paulista.
Por meio de nota, a defesa do ex-policial informou que "o Tribunal do Júri da Comarca de Carapicuíba, absolveu, por negativa de autoria, o ex-PM Victor Cristilder Silva dos Santos, na época do 20ºBPM/M, indevidamente acusado de participar da maior chacina já ocorrida no Estado de São Paulo."
"Testemunhos fraudulentos, falhas na investigação, interesses políticos, resposta rápida para a população, parcialidade de alguns órgãos de imprensa, coação de testemunhas e outras medidas absurdas ainda mantém o militar injustamente preso, aguardando agora mais um julgamento agendado para fevereiro de 2021", disse a nota.
O processo julgado, de acordo com os advogados de Cristilder, teria sido responsável por colocar o ex-PM no processo da grande chacina, por correlação balística, tendo entendido os investigadores que, se Victor Cristilder foi o responsável pelos crimes do dia 08, também foi pelos crimes do dia 13, haja vista terem apurado que a mesma arma foi utilizada nos dois eventos.
Para a defesa, a absolvição faz cair por terra toda a apuração da grande chacina, "uma vez que se o ex-PM não foi o responsável pela pré-chacina, impossível ser também responsável pela chacina com maior número de vítimas."