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Chacina de Osasco: julgamento de dois réus deve durar 5 dias

Serão ouvidas 40 testemunhas, das quais 20 são de acusação, 16 de defesa e quatro comuns. Cinco delas já foram ouvidas

São Paulo|Letícia Dauer, da Agência Record

Réus são acusados de participar da Chacina de Osasco em 2015
Réus são acusados de participar da Chacina de Osasco em 2015

Cinco testemunhas já foram ouvidas nesta segunda-feira (22), na primeira sessão do julgamento do ex-policial Victor Cristilder Silva dos Santos e do guarda civil Sérgio Manhanhã, que deve durar cinco dias. Os dois réus são acusados de participarem da Chacina de Osasco em 2015, quando 17 pessoas morreram baleadas e outras sete ficaram feridas.

De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), 40 testemunhas vão depor no processo - 20 de acusação, 16 de defesa e quatro comuns. A primeira fase do julgamento começou por volta das 11h, na Vara do Júri de Osasco, na Grande São Paulo. Ainda de acordo com o TJ-SP, foram convocadas 32 testemunhas.

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Até as 16h já prestaram depoimento o delegado José Mario de Lara, duas vítimas, o filho de uma vítima e o capitão Rodrigo Elias. O tribunal informou que o caso tramita em segredo de Justiça e apenas informações autorizadas pelos órgãos envolvidos poderão ser passadas.

Caso

Em suas redes sociais, o grupo de advogados que defende o ex-PM Victor Cristilder Silva dos Santos divulgou uma nota afirmando que após passar por audiência em novembro de 2020, o réu foi absolvido pela Comarca de Carapicuíba no envolvimento do crime conhecido como "pré-chacina".


A "pré-chacina" teria ocorrido no dia 8 de agosto de 2015 em Carapicuíba, com seis vítima, cinco dias antes da "grande chacina", em Osasco e Barueri que vitimou fatalmente 17 pessoas.

Segundo a defesa, no processo, foi alegado que haveria uma "correlação balística, tendo entendido os investigadores que, se Victor Cristilder foi o responsável pelos crimes do dia 08, também foi pelos crimes do dia 13, haja vista terem apurado que a mesma arma foi utilizada nos dois eventos".


De acordo com os advogados, "a absolvição de hoje faz cair por terra toda a apuração da grande chacina, uma vez que se o ex-PM não foi o responsável pela pré-chacina, impossível ser também responsável pela chacina com maior número de vítimas".

O ex-PM Victor Cristilder Silva dos Santos cumpria prisão preventiva no Presídio Romão Gomes e foi transferido para o sistema prisional comum após pedido de um juiz da 2ª instância da Justiça Militar paulista.


Por meio de nota, a defesa do ex-policial informou que "o Tribunal do Júri da Comarca de Carapicuíba, absolveu, por negativa de autoria, o ex-PM Victor Cristilder Silva dos Santos, na época do 20ºBPM/M, indevidamente acusado de participar da maior chacina já ocorrida no Estado de São Paulo."

"Testemunhos fraudulentos, falhas na investigação, interesses políticos, resposta rápida para a população, parcialidade de alguns órgãos de imprensa, coação de testemunhas e outras medidas absurdas ainda mantém o militar injustamente preso, aguardando agora mais um julgamento agendado para fevereiro de 2021", disse a nota.

O processo julgado, de acordo com os advogados de Cristilder, teria sido responsável por colocar o ex-PM no processo da grande chacina, por correlação balística, tendo entendido os investigadores que, se Victor Cristilder foi o responsável pelos crimes do dia 08, também foi pelos crimes do dia 13, haja vista terem apurado que a mesma arma foi utilizada nos dois eventos.

Para a defesa, a absolvição faz cair por terra toda a apuração da grande chacina, "uma vez que se o ex-PM não foi o responsável pela pré-chacina, impossível ser também responsável pela chacina com maior número de vítimas."

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