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Cidade de SP registra mais mortes do que nascimentos pela 1ª vez

Em abril, 9 capitais do país lavraram mais óbitos, segundo Arpen-Brasil. Em Curitiba e Vitória, o fenômeno também foi inédito

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Mortes registradas por cartórios na cidade de SP superaram os nascimentos
Mortes registradas por cartórios na cidade de SP superaram os nascimentos Mortes registradas por cartórios na cidade de SP superaram os nascimentos

A cidade de São Paulo registrou, em abril, um número maior de mortes do que de nascimentos nos cartórios de registro civil administrados pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). O fenômeno inédito desde o início da série histórica, em 2003, é atribuído pela entidade ao aumento de mortes provocadas pela pandemia de covid-19 no país.

A inversão da relação entre óbitos e nascimentos também foi verificada em outras oito capitais do país: Curitiba (PR), Vitória (ES), Rio de Janeiro, São Luís (MA), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG). Nas duas primeiras, também pela primeira vez na história.

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Entre os dias 1º e 30 de abril, ocorreram 12.194 óbitos e 11.724 nascimentos na capital paulista, de acordo com o Portal da Transparência da entidade. Foi o primeiro decréscimo populacional já registrado no município. Em abril de 2020, houve cerca de 4 mil nascimentos a mais na maior cidade da América Latina.

Já no estado, onde o saldo de nascimentos sempre foi positivo, o número de certidões de óbito superou em quase três mil registros o registros de nascidos vivos (44.087 contra 41.407). No mesmo mês do ano passado, houve 21.068 nascimentos a mais.

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O Portal da Transparência da Arpen-Brasil utiliza uma base abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos no país, cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“A possibilidade do portal dos cartórios de registro civil fornecer estatísticas em tempo real permite que tenhamos uma dimensão exata do que está acontecendo em nosso país e que possam ser tomadas as ações pelo poder público, principalmente nos locais onde a pandemia se mostra mais grave no momento”, destaca o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.

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Sudeste

Nos quatro estados da região Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais) — que soma cerca de 85 milhões de habitantes —, de 1º a 30 de abril, foram registradas 81.525 certidões de óbitos e outras 76.508 de nascimentos na região.

Rio de Janeiro

O estado fluminense terá, pela terceira vez desde o começo da pandemia, um mês com mais mortos do que nascidos vivos. Em abril deste ano, foram 16.473 falecimentos e 13.893 nascimentos no Rio de Janeiro — o que representa 2.580 mais mortes. A mesma inversão já havia sido registrada nos meses de maio e dezembro de 2020.

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Já a capital terá, em abril de 2021, o oitavo mês com mais falecimentos do que nascidos desde o início da disseminação do novo coronavírus no país. Foi registrado na cidade do Rio de Janeiro um total de 1.459 óbitos a mais (6.158 contra 4.699).

Minas

Em Minas Gerais, no mês de janeiro de 2020, foram registrados 10.348 mais nascimentos no estado mineiro. Em julho, a diferença caiu para 7.262. Em março, diminuiu para apenas 3.143.

Até o momento, o mês de abril tem apenas 41 nascidos vivos a mais do que falecidos. A relação entre mortes e nascimentos ainda pode ser revertida, pois a atualização do Portal da Transparência do Registro Civil tem um prazo legal de até 14 dias até que sejam lançados todos os registros de óbitos na plataforma.

Já em Belo Horizonte, a diferença é um pouco maior: 2.445 óbitos contra 2.023 nascimentos. Há um ano, em abril de 2020, eram 1.407 nascidos vivos a mais do que os registros de óbitos na cidade — que, em março, havia registrado mais mortes do que nascimentos pela primeira vez na história.

Espírito Santo

O Espírito Santo conseguiu, ainda que por uma margem mais reduzida, manter um maior número de nascimentos do que de óbitos. Foram 3.974 nascidos vivos contra 3.697 falecimentos.

Já Vitória, a capital do estado, registrou — em abril deste ano — pela primeira vez um mês com mais óbitos (455) do que nascimentos (396). Em abril de 2020, haviam sido lavrados 208 nascimentos a mais do que óbitos (428 contra 220).

Paraná

Caso sejam confirmados os números provisórios de abril, Curitiba deverá registrar pela primeira vez na série histórica um maior número de óbitos do que nascimentos.

Até esta sexta-feira (30), foram lavrados 1.686 falecimentos e 1.638 nascimentos. Em abril de 2020, a diferença positiva entre nascidos e mortos era de 1.159 registros (2.115 x 956).

Rio Grande do Sul

Os gaúchos devem somar pelo segundo mês seguido mais óbitos do que nascimentos. Em abril deste ano, houve 10.568 falecimentos e 9.822 nascidos vivos.

Já Porto Alegre terá o quarto mês consecutivo com mais mortes do que nascimentos, com diferença de 768 óbitos (2.050 contra 1.282, respectivamente).

Nordeste

Em capitais nordestinas, a população também sofrerá queda do número de nascidos em relação às mortes registradas pelos cartórios. Em duas delas, será verificado o segundo mês consecutivo com mais óbitos lavrados: Fortaleza (3.108 x. 2655) e Recife (2022 x 1521).

São Luís também poderá registrar mais mortes do que nascimentos pela segunda vez na série histórica. Houve 632 óbitos e 581 nascimentos até o momento, conforme os registros já publicados no Portal da Transparência da Arpen-Brasil.

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