Moradores do interior de SP sofrem com seca e começam a racionar água
Reprodução/Record TV - 28.05.2021Pelo menos 14 cidades do interior de São Paulo enfrentam racionamento de água pela falta água. Cerca de dois milhões de pessoas de municípios paulistas sofrem com a interrupção do abastecimento. As informações são da Record TV.
Entre elas, São José do Rio Preto registra 180 dias sem chuvas e 100 mil pessoas sofrem com o racionamento desde maio. Franca, cidade na qual ocorreu uma nuvem de poeira, já registra três meses de estiagem. A cidade ampliou desde setembro o rodízio de abastecimento de água em razão de uma das mais severas estiagens no município, informou a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo).
Desde o início de setembro, a oferta de água já estava intermitente na cidade, com a divisão do município em quatro blocos para revezamento. Cada grupo ficava um dia sem água e três dias com água.
Em Ribeirão preto, uma das principais cidades de agronegócio do país, as lagoas que abatecem o aquífero Guarani estão secas. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o volume de chuvas em São Paulo, de setembro a novembro, será entre 10 milímetros e 50 mm abaixo da média, podendo chegar a menos 100 mm em algumas cidades.
O volume útil do Sistema Cantareira, que ainda abastece grande parte da região metropolitana de São Paulo, chegou anteontem a 35,5%. No dia 11 de agosto, o nível era de 39,9%. A Sabesp informou que não há risco de desabastecimento neste momento, mas reforçou a necessidade do uso consciente da água. Segundo a companhia, o sistema integrado operava com 43,3% da capacidade nesta sexta, nível semelhante ao de 2018, quando não houve falta de água.
No Paraná, 18 cidades convivem com o racionamento. Na região metropolitana de Curitiba, além da capital, o rodízio foi adotado em outras 13 cidades. No interior, há racionamento em Pranchita, Santo Antônio do Sudoeste, Jardim Alegre e Jandaia do Sul.
Em Mato Grosso do Sul, a estatal Sanesul emitiu alertas para o risco de faltar água em 24 cidades. Em cinco delas - Coxim, Corumbá, Caracol, Amambaí e Ladário - já foram adotadas restrições. Em Minas Gerais, estão sob racionamento as cidades de Urucânia (distrito de Bom Jesus dos Cardosos) e Bugre. Em Mato Grosso, a falta d'água levou à redução da captação em Várzea Grande, enquanto em Tangará da Serra o racionamento está em vigor desde o dia 18 de agosto.