Comerciantes da Ceagesp descartam alimentos após inundação
Feira de flores desta terça (11) foi cancelada e também feira de pescados, que ocorre de madrugada. Região foi uma das mais afetadas por temporal em SP
São Paulo|Do R7, com informações da Agência Estado
Comerciantes começaram na manhã desta terça-feira (11) a descartar os alimentos estragados na inundação do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) provocada pelas fortes chuvas que atingiram a cidade de São Paulo entre domingo (9) e segunda (10).
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A região do entreposto foi uma das mais afetadas pelo temporal, com pontos de alagamentos intransitáveis no entorno, tanto nas avenidas Mofarrej e Gastão Vidigal, como nas pistas da marginal Pinheiros, sentido Castello Branco. O estrago no Ceagesp foi tamanho que um homem foi visto remando sobre uma prancha improvisada.
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Nesta terça-feira, estão canceladas a feira de flores e também a feira de pescado, que ocorre na madrugada.
O nível de água no entreposto baixou ao longo da noite, permitindo que equipes de limpeza e manutenção possam circular entre os boxes para limpar a sujeira causada trazidas pelas águas da enchente do rio Pinheiros.
Assista ao vídeo: Ceagesp amanhece debaixo d'água
"Os portões continham fechados para entrada e saída de mercadorias, até que a situação dentro do mercado esteja normalizada, e também por motivos de segurança alimentar, para que nenhum alimento contaminado seja comercializado e chegue indevidamente à mesa do consumidor", afirma.
Como os comerciantes estão trabalhando na limpeza, a Ceagesp diz que ainda não é possível fazer uma estimativa do prejuízo causado com a perda de mercadoria, nem dizer se haverá aumento de preços em decorrência do que aconteceu no ETSP. "Por motivos operacionais e de segurança, os portões do mercado permanecerão fechados nesta terça-feira, até que se faça um levantamento mais preciso da situação."
Manhã de caos
A segunda-feira (10) foi marcada por uma série de problemas em função das fortes chuvas. O rio Pinheiros atingiu o maior volume em 15 anos.
Na segunda, quatro regiões ficaram em estado de alerta, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Os bombeiros receberam mais de 4.500 chamados entre alagamentos, quedas de árvores e desmoronamentos. Aulas foram suspensas em escolas estaduais.
Ao todo, as equipes atenderam 1.043 ocorrências de enchentes, 193 de desabamentos ou desmoronamentos e 219 relacionadas a quedas de árvores. Escolas de samba contabilizam prejuízos a poucos dias dos desfiles. Na Grande São Paulo, o nível do rio Tietê subiu e houve desmoronamentos. No interior, houve alagamentos e quedas de barreiras nas estradas e dezenas de pessoas ficaram desalojadas. A prefeitura de Botucatu decretou estado de calamidade.