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Covas coloca sigilo em inspeção de pontes e viadutos com risco em SP

"Divulgaram atas mal redigidas, criando confusão na população", justificou o prefeito do PSDB. Desrespeito ao termo prevê consequências jurídicas

São Paulo|Do R7

Gestão Covas coloca sigilo em inspeção de pontes e viadutos com risco em SP
Gestão Covas coloca sigilo em inspeção de pontes e viadutos com risco em SP

A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) impôs que as empresas contratadas para vistoriar pontes e viadutos em São Paulo assinem um termo de confidencialidade dos laudos produzidos. O desrespeito ao termo prevê consequências jurídicas paras as contratadas.

O termo impõe sigilo a documentos públicos, como laudos, projetos e contratos.

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A prefeitura diz que houve um "erro de redação" na ata da reunião e substitui a expressão "risco iminente de colapso" por "desconhecimento do risco de colapso".


Covas justificou o sigilo com a divulgação da ata. "Divulgaram atas mal redigidas, criando confusão na população. A gente está com um problema muito sério e grave, não podemos ter laudos parciais, laudos incompletos sendo divulgados", disse neste sábado (09).

"[O sigilo é] para a gente ter controle, saber que o que vai ser divulgado diz respeito ao que foi pesquisado. Precisamos ter tranquilidade e divulgar tudo aquilo que a população precisa saber e ter tranquilidade para não ter a divulgação de dados parciais que não condizem com a realidade", completou o prefeito que foi chamado por promotor para depor sobre a situação dos viadutos.


Veja também: Prefeitura estima gastar R$ 300 mil para vistoria em cada viaduto de SP

Vistorias


A prefeitura concluiu na terça-feira (5) a primeira etapa de inspeções em pontes e viadutos da cidade e constatou a necessidade de estudos de engenharia urgentes em 16 de 33 estruturas. Ainda nesta semana, mais duas empresas devem ser contratadas emergencialmente, sem licitação, para a execução dos serviços.

Em novembro, um viaduto na Marginal do Pinheiros foi fechado após ceder dois metros e deve ficar em obras até maio. Dois meses depois, a gestão Bruno Covas (PSDB) interditou uma ponte da Marginal do Tietê por risco estrutural.

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