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Covas diz que 'há suspeita, ainda não confirmada' de locaute na greve

O presidente do SPUrbanuss rebateu: "todas as empresas colocaram muito mais do que 70% (funcionários) exigidos pela Justiça do Trabalho"

São Paulo|Do R7

Ônibus estacionados diante do prédio da Prefeitura, na região do Viaduto do Chá
Ônibus estacionados diante do prédio da Prefeitura, na região do Viaduto do Chá

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (6), que há suspeita de que a greve parcial de ônibus seja um locaute - movimento coordenado pela entidade patronal, e não pelos trabalhadores. O prefeito disse que não há confirmação. As declarações foram feitas em entrevista ao programa Primeira Hora, da Rádio Bandeirantes.

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"Claro que há uma suspeita em relação a isso, ainda não confirmada. Até porque, volto a dizer, nós temos quatro empresas que não têm nenhum ônibus circulando. Inclusive são ônibus dessas empresas que estão fechando o trânsito nesses quatro pontos", disse Covas, fazendo referência às empresas Sambaíba, Santa Brígida, Gato Preto e Ambiental. Segundo a SPTrans, 18 linhas da empresa Sambaíba não circularam na manhã desta Sexta-feira.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) descartou possibilidade de locaute. "Não procede, é uma informação equivocada que foi passada para ele (Covas). Eu tenho os percentuais aqui", assegurou Francisco Christovam. "Todas as empresas colocaram muito mais do que os 70% exigidos pela Justiça do Trabalho."


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Questionado novamente sobre a suspeita de locaute, o prefeito reafirmou que não há uma confirmação. E garantiu que medidas legais serão tomadas caso a participação das entidades patronais no movimento grevista seja confirmada. "Há suspeita, a gente continua a negociar, a dialogar, e, se for o caso, outras medidas judiciais vão ser tomadas pela Prefeitura para garantir o funcionamento do sistema."


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Ainda na entrevista à Rádio Bandeirantes, o prefeito declarou que as reclamações por parte das empresas, às vésperas da assinatura dos novos contratos de concessão, são descabidas em razão do debate público em torno dos termos dos contratos, que se arrasta desde 2013. "Essas empresas participaram da concorrência, participaram do edital, sabiam das regras e não podem, agora, alegar prejuízo, já que participaram por livre e espontânea vontade", disse Covas.

Mais tarde, o prefeito da capital afirmou que as contas da Prefeitura com as empresas de ônibus estão em dia. "Eventual verba trabalhista que não esteja sendo repassada aos funcionários não é por conta de falta de pagamento da Prefeitura como alguns acabaram espalhando de forma mentirosa", disse Covas.

De acordo com o prefeito, a Prefeitura se colocou à disposição das empresas para, se for o caso, antecipar receitas que elas tenham para resolver eventual problema de caixa e pagar os funcionários. "Se os funcionários estão com problemas em relação a verbas trabalhistas não pagas, que cobrem das empresas, que não prejudiquem o trabalhador", finalizou.

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