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Covas é suspeito de abuso de poder político e contratos irregulares

 Justiça Eleitoral pode cassar os mandatos do prefeito de SP e seu vice e MP-SP investiga acordo com Iabas 

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Bruno Covas, prefeito de SP
Bruno Covas, prefeito de SP Bruno Covas, prefeito de SP

Uma ação na Justiça Eleitoral pode cassar os mandatos do prefeito eleito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e do vice, Ricardo Nunes (MDB). Desde novembro, eles são suspeitos de abuso de poder político.

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) também apura irregularidades em dois contratos da prefeitura com o Iabas (Instituto de Atenção Básica à Saúde), que administra mais de 60 unidades de saúde na capital.

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A gestão de Covas, candidato à reeleição, teria repassado irregularmente ao Iabas a administração de um hospital no centro de São Paulo. A ação foi movida pela coligação do candidato derrotado Márcio França (PSB).

“Uma das espécies de ações eleitorais no Brasil apura três possibilidades: abuso de poder político, econômico ou de meios de comunicação e social e a consequencia é a perda do mandato”, afirma o especialista em direito eleitoral Alberto Luís Rollo.

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A ação aponta ainda que o hospital teria começado a funcionar em abril de 2020. Mas em setembro, durante a campanha, o prefeito e candidato à reeleição teria visitado a unidade, e anunciado o início do atendimento à população de rua. Em uma espécie de inauguração, que é vedada no período eleitoral

Esta semana, o MP-SP também pediu mais informações sobre o contrato entre a prefeitura e o Iabas. Os promotores apuram a contratação indevida de funcionários e pagamentos de serviços que não realizados.

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O que chama a atenção é que o contrato de locação do imóvel do hospital pelo Iabas tem duração de cinco anos, tempo superior ao aditivo contratual firmado entre a prefeitura e a instituição.

“Foram cometidas através dados do Tribunal de Contas e de investigações da própria promotoria diversas irregularidades. A transferência de valores da conta do Iabas aqui de São Paulo para o Iabas no Rio de Janeiro, isso foi apurado no Rio como todos sabem”, afirma Silvio Marques, promotor do MP-SP.

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Na capital paulista, o Iabas tem dois contratos para fazer a gestão de 69 unidades de saúde. Apromotoria já notificou a prefeitura para rescindir o contrato com a entidade até abril.

Em nota, o Iabas afirma que já gerenciava unidades e serviços de saúde e teve um contrato aditivado para a gestão do hospital. O instituto diz que recebeu com estranheza a informação sobre o desarquivamento do inquérito civil e a especulação de rescisão contratual com a administração municipal - acordos que, segundo a nota, seguem regras-padrão.

A prefeitura de São Paulo informa que a ação eleitoral será tratada na respectiva via e que tanto

o ministério público quanto o judiciário são atendidos com disposição plena da municipalidade.

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