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Covid-19: estado de SP volta à fase vermelha a partir desta sexta (1º)

Medida vale até domingo (3) para tentar conter avanço de casos do novo coronavírus, que cresceu 76% em dezembro

São Paulo|Agência Brasil

Apenas serviços essenciais podem funcionar na fase vermelha do Plano São Paulo
Apenas serviços essenciais podem funcionar na fase vermelha do Plano São Paulo

Por decisão do governo de São Paulo, todos os 645 municípios do estado devem voltar à fase 1-vermelha do Plano São Paulo a partir desta sexta-feira. A medida vale para o dia 1º, sábado (2) e domingo (3).

A meta é tentar conter o avanço de casos do novo coronavírus que, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, cresceram 76% em dezembro em São Paulo, na comparação com novembro. As mortes também tiveram crescimento de 66% em relação ao mês anterior.

A média móvel de óbitos dos últimos sete dias, que chegou a estar abaixo de 100 entre o fim de outubro e a primeira quinzena de novembro, ultrapassou a 150 novas mortes em alguns dias de dezembro. A média móvel de casos também subiu e está hoje (31) em 6.258. O índice esteve abaixo de 4 mil em diversos dias de outubro e novembro.

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Na fase 1-vermelha do Plano São Paulo só podem funcionar os serviços considerados essenciais nas áreas de abastecimento, segurança, transporte e saúde como mercados, farmácias, postos de combustível, padarias e lavanderias.


Com essa volta à fase vermelha, shoppings, bares, comércio de rua, academias, restaurantes, concessionárias, escritórios, eventos culturais e salões de beleza não poderão funcionar nestes dias.

Depois desse período, o estado volta para a fase 3-amarela do Plano São Paulo, em que comércio e serviços podem operar com até 40% de capacidade e horário de funcionamento restrito.


Fases

Apenas a região de Presidente Prudente deve permanecer na fase 1-vermelha a partir de segunda-feira (4). Uma nova reclassificação do Plano São Paulo está agendada para 7 de janeiro.


O Plano São Paulo é dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

O plano divide o estado em regiões e cada uma delas é classificada em uma fase do plano, dependendo de fatores como a capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.

Descumprimento

Algumas cidades paulistas, algumas delas litorâneas, já anunciaram que não pretendem cumprir a medida do governo de SP e vão manter o comércio e serviços abertos durante estes três dias.

Por isso, o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, expediu recomendação aos prefeitos para que sigam as determinações do governo e entrem na fase 1-vermelha. Segundo ele, os municípios que não acatarem a determinação poderão responder judicialmente.

Em um artigo encaminhado ontem à imprensa, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que as cidades, que, por qualquer razão, não seguirem os protocolos, serão notificadas junto ao Ministério Público. “O integral cumprimento das normas é fundamental para contenção das taxas de contaminação da covid-19 em todo o estado de São Paulo”, escreveu ele, no artigo.

Casos

Balanço divulgado nesta quinta-feira (31) pela Secretaria Estadual da Saúde informa que o estado encerrou este ano com 1.462.297 casos confirmados de covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus), com 46.717 mortes. Somente nas últimas 24 horas, houve 10.219 casos e 240 novas mortes pela doença.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI (unidades de terapia intensiva) estão em 65% na Grande São Paulo e 61,3% no estado.

O número de pacientes internados é de 10.821, sendo 6.031 em enfermaria e 4.790 em UTIs. Dos 645 municípios do estado, 607 já registram ao menos um óbito provocado pelo novo coronavírus.

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