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Covid: leite de mães vacinadas tem anticorpos, aponta estudo da USP

Lactantes que se imunizaram com a CoronaVac geraram anticorpos até mesmo quatro meses depois da aplicação das duas doses

São Paulo|Do R7

Vinte funcionárias do complexo da Faculdade de Medicina da USP se voluntariaram
Vinte funcionárias do complexo da Faculdade de Medicina da USP se voluntariaram Vinte funcionárias do complexo da Faculdade de Medicina da USP se voluntariaram

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP identificou a presença de anticorpos contra a covid-19 no leite materno de lactantes imunizadas contra a doença, mesmo quatro meses após a vacinação com a CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan.

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Vinte funcionárias do complexo da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) se voluntariaram para a pesquisa.

O estudo realizou um ciclo de nove coletas de cerca de 10 ml de leite materno, com mães de idade média de 25 anos e cerca de 11 meses de aleitamento. 

As outras coletas ocorreram nos 7º, 14º, 21º e 28º dias seguintes à primeira dose e nas 7º, 14º, 21º datas após a segunda dose, além de uma coleta após quatro meses da imunização.

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"O estudo reforça não só a importância da vacina para a contenção da doença, mas os benefícios do aleitamento materno, que pode ocorrer, inclusive, durante o período de infecção, desde que tomada todas as precauções para evitar o contágio entre mãe e filho", afirmou Valdenise Tuma Calil, neonatologista, coordenadora médica do Banco de Leite Humano do ICr HCFMUSP e responsável pela pesquisa.

Os pesquisadores notaram picos da presença dos anticorpos duas semanas após a segunda semana da primeira dose e nas quinta e sexta semanas da segunda dose.

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A pesquisa também apontou que metade das voluntárias mantiveram a presença elevada dos anticorpos mesmo após quatro meses da vacinação.

"Existem duas formas de uma mãe oferecer anticorpos contra a COVID-19 ao filho após sua imunização. A primeira por meio da placenta, onde é possível a produção de anticorpos da classe IgG. A outra é pelo leite materno, onde o nosso estudo demonstrou a presença de anticorpos da classe IgA. Compreender essas duas possibilidades é oferecer um ciclo completo de proteção ao recém-nascido", disse Magda Carneiro-Sampaio, professora titular de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP e também coordenadora da pesquisa.

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