CPTM afasta funcionários após agressão em Carapicuíba (SP)
Companhia afirma ainda que tomará as medidas legais aplicáveis contra a empresa terceirizada de segurança
São Paulo|Do R7, com informações da Agência Record
A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) anunciou, em nota divulgada nesta terça-feira (5), o afastamento de dois vigilantes terceirizados envolvidos na agressão a um vendedor ambulante na estação Carapicuíba da Linha 8-Diamante, episódio ocorrido no último sábado (2). A empresa também prometeu colaborar com a investigação policial para o esclarecimento do caso.
A companhia ainda afirmou que não admite qualquer prática de violência e garantiu que tomará as medidas legais aplicáveis nesta situação contra a empresa terceirizada, além de proibir que os vigilantes voltem a prestarem serviço para a empresa.
O comunicado destacou também que comércio ambulante não é permitido nos trens e estações da CPTM e que a atuação da companhia está respaldada no Decreto Federal 1832, de 4 de março de 1996, que regulamenta o transporte ferroviário. O texto pedia ainda a colaboração de todos os passageiros para enfrentar o comércio irregular, não incentivando a prática e denunciando nos canais diretos da CPTM.
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O caso foi registrado no 1° Distrito Policial de Carapicuíba como lesão corporal. A Polícia Civil diz que ainda tenta esclarecer os fatos, mas ainda não foi possível determinar o início da discussão e a responsabilidade pelas agressões. Por isso, foi solicitado exame de corpo de delito aos envolvidos.
O caso
De acordo com a esposa da vítima, Kerlane da Silva Barbosa, o ambulante Gerson Gonçalves dos Anjos, de 32 anos, vendia água e chocolates em uma das composições quando foi abordado pelos seguranças da empresa terceirizada Albatroz.
Ainda segundo a versão apresentada pela esposa do vendedor, Gerson teve o nariz e o maxilar fraturados devido à ação dos vigilantes. Ele precisou ser encaminhado para o Hospital Regional de Osasco, cidade vizinha na Grande São Paulo, e deve passar por cirurgia.
No hospital, Gerson relatou à família que não lembra detalhes do que aconteceu na estação porque ele desmaiou em meio às agressões.
Versão dos vigilantes
De acordo com o boletim de ocorrência, o vigilante estava na estação Carapicuíba quando recebeu uma solicitação de equipes para conter um vendedor ambulante no vagão.
O funcionário disse que se deparou com outros colegas de equipe discutindo com Gerson, que apresentava resistência após sua mercadoria ter sido confiscada.
Após conduzirem o ambulante até o piso superior da estação, o vendedor teria tentado agredir o vigilante que, para se defender, desferiu um soco no maxilar de Gerson. Após a agressão, o homem teria caído no chão e batido a cabeça.