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Cury é suspenso por 6 meses pela Alesp por assédio a Isa Penna

Decisão em votação unânime saiu após acordo para ampliar punição prevista em 119 dias. Deputado fica sem salário e gabinete

São Paulo|Do R7

Isa Penna fala durante sessão virtual que votou a suspensão de Fernando Cury na Alesp
Isa Penna fala durante sessão virtual que votou a suspensão de Fernando Cury na Alesp

A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) decidiu nesta quinta-feira (1) suspender por 180 dias o mandato do deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) por assediar a também deputada Isa Penna (PSOL) no dia 16 de dezembro, em episódio registrado pelas câmeras da Casa. Foram 86 votos pela suspensão, em votação unânime.

O caso passou pelo Conselho de Ética, que decidiu levar a votação uma suspensão de 119 dias. Os partidos, no entanto, entraram em acordo para ampliar a punição para 180 dias, sem direito a salário nem gabinete.

A discussão da punição a Cury passou por pedidos para sua cassação. Era o que reivindivaca a defesa de Isa Penna. Isa, no entanto, reconheceu que a penalidade não teria apoio da maioria dos parlamentares. Por isso, segundo a deputada, a aprovação do afastamento de Cury por seis meses já significaria um avanço "tímido" do caso.

"É importante não aprovar aquele relatório aprovado no Conselho de Ética", defendeu Isa nesta quinta, ainda durante as tratativas para ampliar a punição. O parecer do colegiado, aprovado em 5 de março, previa o afastamento de Cury por 119 dias, com gabinete em funcionamento e sem convocação de suplente. 


Na próxima semana, a decisão será publicada no Diário Oficial e será convocado o suplente, deputado Padre Lobato (PV).

Assédio em plenário

O caso de assédio de Fernando Cury a Isa Penna ocorreu em 16 de dezembro passado, e foi registrado pelas câmeras da assembleia.


As imagens mostraram Cury conversando com outros dois parlamentares, se aproximando de Penna por trás e apalpando seu seio; a deputada rapidamente reagiu e afastou a mão do colega.

Devido ao recesso da Alesp no fim do ano, a deputada pediu em janeiro a convocação de uma sessão extraordinária para julgar o caso.

Ao depor no Conselho de Ética, Cury se defendeu dizendo que o que chamou de abraço havia sido um gesto de gentileza, e se desculpou “por qualquer tipo de constrangimento e ofensa”. Diante a defesa do parlamentar, Penna afirmou ter sido revitimizada.

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