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Custo de vida das famílias de baixa renda cresce 6,54% na Grande SP

Apesar da forte alta, foi a classe D que experimentou o maior aumento dos preços durante o ano de 2020

São Paulo|Do R7

Classe A registrou aumento de apenas 3,27%
Classe A registrou aumento de apenas 3,27%

O custo de vida da camada mais pobre da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou o dobro da alta para a população mais rica em 2020, segundo pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com o levantamento, entre dezembro de 2019 e o mesmo mês de 2020, a alta da classe E foi de 6,54%, enquanto que a classe A registrou aumento de apenas 3,27%.

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Apesar da forte alta, foi a classe D que experimentou o maior aumento dos preços durante o período, equivalente a 6,76%. Em contrapartida, conforme se avança entre os estratos sociais, a tendência é de uma aumento menos acentuado: a classe C registrou +4,68% e a classe B, de +3,44%.

Para a Federação, o movimento se deu, principalmente, por conta da inflação dos preços dos alimentos, uma vez que houve maior demanda por produtos alimentícios na pandemia da covid-19, já que as pessoas passaram a cozinhar ainda mais em casa. O índice foi quase duas vezes maior para os mais pobres: enquanto o preço registrou crescimento de 15,32% para a classe E, foi de apenas 8,85% para a classe A.

No acumulado do ano, a inflação nos alimentos ficou em 10,90% e o custo de vida a 4,44% mais caro na Grande São Paulo.


Veja também: Inflação de 2020 foi maior para famílias de baixa renda, diz BC

As expectativas para 2021, no entanto, também são de um ano desafiador em relação aos preços. Além da lentidão da recuperação econômica, a continuação das restrições em meio à segunda onda da pandemia da covid-19 no Brasil também deve dificultar a instalação de um cenário positivo.


Outros grupos

A pesquisa mostrou que outros custos ligados à vida doméstica também encareceram em 2020. No período analisado, o grupo de artigos do lar teve alta de 9,45%, enquanto o custo da habitação (aluguel, contas de luz, água, etc) aumentou 4,84%.

Seguindo a tendência observada, o aumento nos preços também foi sentido com mais intensidade pelas camadas com menos recursos: no caso dos itens domésticos, a classe E apresentou alta de 8,89% e a classe A aumento de 5,57%; na habitação, o custo subiu 5,45% para a classe E, mas não chegou a 4% (3,95%) para a classe A.


Varejo

Outras atividades varejistas na Grande São Paulo também tiveram altas significativas nos preços em 2020, conforme mostra o Índice de Preços no Varejo (IPV) da FecomercioSP. No acumulado do ano, a inflação dos preços do setor foi de 7%. O grupo mais inflacionado também foi o de alimentos e bebidas (18,02%), mas chamam atenção também os aumentos nos preços de artigos domésticos (10,1%).

Em contrapartida, a inflação dos serviços foi bem menor. Durante o mesmo período, a alta foi de apenas 1,76%, com o maior aumento vindo da habitação, de 3,94%.

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