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Destroços de aeronave que caiu sobre casa em SP são retirados

Técnicos do Cenipa avaliaram o local e permitiram a retirada dos restos de monomotor. Por volta de 10h deste sábado, a maioria havia sido retida

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Motor da aeronave que caiu sobre casas na zona norte de SP é retirado
Motor da aeronave que caiu sobre casas na zona norte de SP é retirado Motor da aeronave que caiu sobre casas na zona norte de SP é retirado

A maioria dos destroços da aeronave monomotor que caiu sobre residências na zona norte de São Paulo foi retirada na manhã deste sábado (1°), por volta de 10h. O acidente ocorreu na tarde da última sexta-feira (30), na Casa Verde, e deixou dois mortos.

O material será encaminhado para o depósito do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

O órgão informou que irá investigar as causas do acidente, mas não deu um prazo para o fim da investigação. "Dependendo sempre da complexidade do acidente, mas terá o menor prazo possível", disse em nota.

Por volta de 9h, investigadores do Seripa (Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado ao Cenipa, estavam no local para fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos. Durante a retirada dos destroços, homens do Corpo de Bombeiros também prestaram auxílio.

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O acidente ocorreu na rua Antônio Nascimento de Moura, interditada pela Polícia Militar, a 100 metros de um posto de gasolina e atingiu duas casas e quatro veículos. Os pilotos mortos são Leonardo Kazuhiro Imamura, de 43 anos, e Guilherme Peixoto Murback, de 26.

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A aeronave, modelo Cessna 210N, de prefixo PRJEE, tinha plano para pousar em Jundiaí, cidade a 57 km de São Paulo. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que o veículo estava registrado sob a categoria de serviços aéreos e que o certificado de aeronavegabilidade estava válido até o ano de 2022.

A aposentada Neusa Bovolenta, de 73 anos, teve sua casa atingida pela aeronave. Em entrevista ao R7, ela contou que não conseguiu dormir. “Eu passei a noite em claro”, contou. Assim que sua casa foi interditada pela Defesa Civil, ela e o companheiro foram para residência do filho. Na manhã deste sábado, retornou ao local para buscar sua medicação. “Eu tenho seis stent cardíacos, aí vim aqui para pegar os remédios porque estou passando mal”, disse. Neusa entrou em sua casa acompanhada de técnicos e bombeiros. Com uma blusa roxa, short jeans e chinelo, a aposentada usava a mesma roupa do momento do acidente. “Eu não consegui dormir, não tenho roupas limpas. É um horror o que estou vivendo”, disse.

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Doméstica, Raimunda da Cunha, de 47 anos, também presenciou o momento da queda da aeronave. “Eu ouvi um estrondo enorme.Logo que eu vi o fogo, eu ajoelhei e comecei a orar”, lembra. Em seguida, ela ligou para a irmã, dizendo adeus. “Pensei que eu ia morrer.” Hoje pela manhã, conseguiu entrar novamente em sua residência, onde mora há dez anos, para a retirada de pertences, roupas e comida. “Foi um milagre o que aconteceu comigo. Eu só tenho que agradecer agora”, contou.

Trânsito e alagamento

Poucos metros abaixo do local do acidente, equipes de Policiamento de Trânsito orientavam os motoristas a fim de dar fluidez ao trânsito. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que, registrou 14 km de lentidão na região norte. Na cidade, foram 53 km de congestionamento.

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Diversos pontos de alagamento também foram registrados pela companhia — um dos pontos foi na marginal Tietê, próximo ao local de acidente. Em razão das chuvas que atingiram a capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) liberou a circulação dos caminhões neste sábado, das 10h às 14h, em toda a Zona Máxima de Restrição de Caminhões.

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