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Disparo que matou policial da Rota atingiu ombro da vítima, diz secretário de Segurança

Guilherme Derrite afirmou que a arma usada no ataque a Patrick Bastos Reis ainda não foi apreendida pela Polícia Civil

São Paulo|Do R7, com Agência Estado

Guilherme Derrite durante coletiva de imprensa
Guilherme Derrite durante coletiva de imprensa

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (31) que a bala que matou o policial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis, no Guarujá, perfurou o ombro do PM até chegar ao peito. Apesar de estar vestindo um colete, o ângulo da bala fez com que o projetil se alojasse no dorso.

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Durante coletiva de imprensa, Derrite explicou que a arma utilizada para matar Patrick não foi apreendida ainda. No entanto, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre 9 mm.

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Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo. Os outros quatro continuam em processo de identificação.

Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos, e a polícia supostamente reage de maneira proporcional a ela. De acordo com ele, serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos, mas a secretaria considera que as denúncias de tortura e excesso de força policial não passam de “narrativas”.

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“Não chegou oficialmente nenhuma informação nem indício sobre caso de tortura”, afirmou. Segundo Derrite, o vídeo gravado pelo suspeito de ter disparado contra Reis antes de se entregar a polícia, ao dizer que faria isso para “acabar com a matança”, foi uma instrução do advogado de defesa para “reforçar as narrativas”.

O secretário disse que a operação contra o crime organizado e o tráfico de drogas na Baixada Santista continuará acontecendo por pelo menos 30 dias. Ela faz parte do projeto Impacto Litoral. A Secretaria de Segurança Pública pretende aumentar o número de policiais militares na região a partir de 2024, com a contratação de novos agentes.

Nota fiscal de salgado levou investigadores a suspeitos

Derrite disse ainda que o homem que se apresentou como o autor do disparo contra o soldado é a pessoa que realmente está envolvida no crime, segundo apontam indícios coletados pelos investigadores.

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A polícia teria encontrado uma nota fiscal no local do crime e, a partir disso, chegou a um estabelecimento comercial em que uma uma mulher — supostamente envolvida na ocorrência e posteriormente presa — teria comprado um salgado horas antes. Em seguida, foram investigadas câmeras de segurança na área e a suspeita foi encontrada. Ela delatou outros criminosos, alguns deles já presos.

“Temos provas testemunhais dos outros indivíduos presos que confirmam que o Ericson foi o autor do disparo”, disse Derrite. Outro suposto envolvido no crime continua sendo procurado pela polícia.

Ouvidoria vai pedir imagens das câmeras dos policiais

Neste domingo (30), a Ouvidoria havia relatado dez mortes decorrentes da operação. “Temos registros de oito boletins de ocorrência com dez mortos. Mas temos uma informação ainda não confirmada de mais duas mortes. Se confirmadas, serão 12 vítimas de quinta-feira até hoje”, afirmou o ouvidor Claudio Aparecido da Silva ao Estadão.

O funcionário afirma que vai pedir as imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos na operação. “Instauramos procedimento para acompanhar as apurações e vamos pedir as imagens das câmeras corporais. Vamos pedir os laudos necroscópico, balístico, residuográfico e de local”, disse.

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