O principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, o Sistema Cantareira, administrado pela Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) quase atingiu hoje (8) sua capacidade plena de armazenamento de água, chegando ao nível de 94,9%. Neste mês, esse sistema já conseguiu captar 37,8 mm de chuva e a média esperada é de 86,6 mm.
Este é um quadro bem diferente do registrado nos últimos dois anos e mostra maior segurança hídrica. Nesse mesmo dia, em 2014,o nível do Cantareira era de apenas 12,7%, em um estágio de agravamento, dado que as chances de chuva estavam diminuindo. Em 16 de maio daquele ano, o governo teve de recorrer ao bombeamento da água abaixo das comportas, onde fica a reserva técnica para garantir o suprimento.
Pela primeira vez, Sistema Cantareira volta a nível anterior à crise hídrica
Sem qualquer possibilidade de melhora das condições hídricas, a retirada passou para o ponto mais profundo do reservatório, em 16 de outubro. Foi só no fim de 2015 que, finalmente, o sistema Cantareira, com capacidade de armazenar 1 trilhão de litros de água, saiu da dependência da reserva técnica. Parte dos 9 milhões de consumidores que eram atendidos pelo reservatório antes da crise passaram a ser a abastecidos pelos Sistemas Alto Tietê e Guarapiranga.
Com a volta das chuvas mais volumosas ao longo do último verão e os registros que vêm ocorrendo neste outono, a maioria dos sistemas apresenta excelentes níveis de recuperação. Além do Cantareira, existem mais cinco mananciais administrados pela Sabesp e os níveis apresentados hoje são os seguintes: Alto Tietê com 55,3% ; Guarapiranga (79,5%); Alto Cotia (101,6%); Rio Grande (91,9%) e Rio Claro (102,21%) .
Recorde de chuva
Só as chuvas na cidade de São Paulo entre a noite de anteontem (6) e a madrugada de ontem (7) registraram 82,1 mm, na Estação Mirante de Santana, na zona norte, de medição meteorológica do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Foi o maior volume já registrado em 24 horas para um mês de abril desde 1943. E a maior parte concentrada em duas horas, a partir das 23h do último dia 6.
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O acumulado do mês alcançou 105,7 mm, o maior da história, e “contrasta fortemente com o do ano passado, quando choveu apenas 2,4 mm”, diz o boletim do Inmet. Até então, o recorde para este período tinha sido registrado em 25 de abril de 1991 (77,9 mm).