Dois anos depois, Jean Wyllys diz que voltaria a cuspir em Bolsonaro
Reeleito com 24 mil votos, deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro coleciona polêmicas na carreira política
São Paulo|Celso Fonseca, Do R7
Em vídeo publicado nas redes sociais agradecendo pela reeleição a deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jean Wyllys (PSOL) disse que cuspiria novamente no rosto do candidado à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro.
"Eu cuspi na cara do fascista e cuspiria outra vez, se ele elogiasse torturadores, e se novamente me insultasse como me insultou homofobicamente depois de derrubar uma presidenta honesta, eu cuspiria naquelas mesmas circunstâncias", disse o deputado no vídeo de pouco mais de seis minutos, publicado às 21h25 do dia 7 de outubro.
O deputado se referiu à polêmica que se envolveu com presidenciável em 17 de abril de 2016, durante a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Depois de dar seu voto contrário ao afastamento da petista, Wyllys chamou os parlamentares favoráveis ao processo de "canalhas" e cuspiu no deputado Bolsonaro.
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No vídeo publicado após o fim da apuração do 1º turno, o deputado voltou a defender a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se posicionou mais uma vez contra o impeachment da ex-presidente Dilma.
Jean Wyllys ainda diz que enfrentou muita dificuldade na campanha porque, segundo ele, enfrenta o "antipetismo" inclusive no partido dele. "Eu nunca fui petista, nunca me filiei ao PT, mas enfrentei o antipetismo no meu partido, enfrentei os hipócritas do meu partido", disse.
O psolista foi eleito com 24.295 votos. Na eleição anterior, em 2014, o deputado federal recebeu 120 mil votos a mais e foi eleito com 144.770 votos.
Desde que trocou o papel de ex-BBB pelo de político, Wyllys se envolveu em várias polêmicas. Num bate-boca no twitter em dezembro de 2013 chamou um homem que discordava de um projeto seu contra a discriminação de minoriasde negro, gordo e burro. Entre seus projetos polêmicos está o que pretende regular a produção, industrialização e comercialização da maconha no Brasil, apresentado em 2014. A proposta de Jean Wyllys é que o governo controle o comércio da droga.