Doria aumenta tarifa de Metrô e CPTM para R$ 4,30 em São Paulo
De acordo com a pasta, o reajuste de 7,5% irá ficar acima da inflação acumulada desde a data do último aumento, em janeiro de 2018
São Paulo|Plínio Aguiar, do R7
O Governo do Estado anunciou nesta quinta-feira (3) o aumento da tarifa do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) em São Paulo. O valor passará dos atuais R$ 4 para R$ 4,30, a partir de 13 de janeiro.
A informação foi confirmada com a assessoria da Secretaria de Transportes Metropolitanos. O aumento foi anunciado pelo governador, João Doria (PSDB), três dias após tomar posse.
O reajuste, segundo a pasta, de 7,5% irá ficar acima da inflação acumulada desde a data do último aumento, em janeiro de 2018. Naquela época, a passagem subiu de R$ 3,80 para R$4.
As gratuidades para idosos, estudantes, portadores de necessidades especiais e desempregados serão mantidas, segundo a pasta, que informou ter investido no ano passado R$ 1,4 bilhão em gratuidades. Os detalhes dos novos valores constam em planilha tarifária entregue nesta quarta à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) e também foi publicada no Diário Oficial.
Os passageiros que carregarem seus bilhetes até 23h59 do dia 12/01/2019 poderão viajar com o valor da tarifa antiga, enquanto o crédito do bilhete não se esgotar.
Como fica?
Tarifa básica: de R$ 4,00 para R$ 4,30
Bilhete Único: de R$ 4,00 para R$ 4,30
BOM: de R$ 4,00 para R$ 4,30
Escolar: de R$ 2,00 para R$ 2,15
Bilhete Único Integrado: de R$ 6,96 para R$ 7,48
Fidelidade 8: de R$ 29,50 para R$ 31,71
Exclusivo Mensal Comum: de R$ 194,30 para R$ 208,90
Exclusivo 24 Horas Comum: de R$ 15,30 para R$ 16,40
Integrado Mensal Comum: de R$ 307,00 para R$ 323,80
Integrado 24 Horas Comum: de R$ 20,50 para R$ 21,60
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Prefeitura de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo anunciou, na última sexta-feira (28), que a tarifa do ônibus passará de R$ 4 para R$ 4,30, a partir do dia 7 de janeiro de 2019.
O percentual de aumento é baseado na inflação acumulada dos últimos três anos, de acordo com o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), de 13,06%.
Em entrevista ao R7, o então secretário municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, disse que a tarifa tem um preço justo, uma vez que “recompõe as questões inflacionárias, além de estar atenta ao cenário macroeconômico e ser socialmente justa porque garante a possiblidade do município de manter a gratuidade para os mais vulneráveis”.
“A prefeitura não irá lucrar com esse aumento”, contou o secretário. “Estamos enfrentando limitação na receita orçamentária e, por isso, precisamos aumentar a tarifa.” Na quarta-feira (26), a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei do Orçamento de 2019. Apresentado pela Comissão de Finanças e Orçamento da casa, o texto fixa os gastos da cidade em R$ 60,5 bilhões, cerca de 10% maior que o Orçamento deste ano. Destes, R$ 2 bilhões serão para os subsídios dos ônibus públicos. Octaviano afirmou, na época, que a gratuidade de estudantes e aposentados será mantida. “Não vamos mexer numa conquista pública”.
Atualmente, cerca de 10 milhões de viagens são feitas por dia nos ônibus que circulam na maior cidade da América do Sul.