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Doria vê reunião de contrários à sua pré-candidatura como 'jantar de derrotados'

Caciques do PSDB como Aécio Neves, Tasso Jereissati, José Aníbal e Eduardo Leite se reuniram para debater alternativas a Doria

São Paulo|

Governador afirmou que o 'PSDB é maior do que cinco pessoas'
Governador afirmou que o 'PSDB é maior do que cinco pessoas' Governador afirmou que o 'PSDB é maior do que cinco pessoas'

O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), classificou o encontro ocorrido nesta terça (8), em Brasília, com representantes da ala tucana contrária à escolha de seu nome como pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB como um "jantar de derrotados".

Em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta quarta (9), Doria ainda afirmou que o "PSDB é maior do que cinco pessoas".

Caciques da legenda como o deputado Aécio Neves (MG), o senador Tasso Jereissati (CE), o ex-senador José Aníbal (SP) e até mesmo o governador Eduardo Leite (RS), derrotado nas prévias do partido no ano passado, se reuniram na casa do ex-ministro Pimenta da Veiga para debater alternativas ao nome de Doria, que segue estagnado nas pesquisas, como o apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS).

"Foi um jantar de derrotados, com todo respeito. Todos eles foram derrotados nas prévias. Eu entendo que na vida pública, e também na vida privada, você tem que compreender vitórias e derrotas. Eu tive, circunstancialmente, uma vitória nas prévias do PSDB, mas tive a grandeza de cumprimentar o Eduardo Leite e todos aqueles que o apoiaram de maneira educada. Não me parece que cinco pessoas sentadas num jantar possam representar o PSDB. O PSDB é maior do que cinco pessoas que ali representavam derrotados", disse.

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O governador ressaltou que venceu o processo de escolha interna do partido com o apoio de políticos com mandato, como deputados, senadores e prefeitos, mas também com o apoio de filiados.

"É preciso ter grandeza na vitória e na derrota. Esse é um ensinamento da vida. Não vou fazer oposição ou maiores considerações de um jantar de cinco pessoas que entendem que uma derrota não deve ser assimilada. O correto e a forma nobre é você somar forças em torno de um partido que é maior do que essas cinco pessoas que jantaram em Brasília."

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Segundo Doria, a população brasileira ainda não está preocupada com a eleição deste ano. De acordo com ele, isso deve ocorrer apenas em agosto, com as candidaturas oficializadas e a campanha na rua. "As pesquisas de agora são meros retratos pontuais e circunstanciais que não refletem uma realidade que será, sim, apontada pela população mais próximo do processo eleitoral. As pessoas agora estão preocupadas com a sua saúde, com o seu emprego, com o seu salário e com comida no prato. Não estão preocupadas com eleição."

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Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest de intenção de voto para a disputa presidencial de 2022 divulgada nesta quarta mostra um cenário ainda desafiador para a chamada "terceira via". Em diferentes cenários da pesquisa estimulada, Lula (PT) aparece com 45% a 47%, seguido por Jair Bolsonaro (PL), que tem 23% a 26%. Moro e Ciro registraram 7% a 9% das intenções de voto. André Janones (Avante) e João Doria (PSDB) registraram 2% a 3%. Simone Tebet (MDB), 1%. Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe d'Avila (Novo) não pontuaram.

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Questionado sobre como pretende mudar seu baixo patamar de intenção de voto, Doria mostrou-se resiliente e disse que isso vai ocorrer quando ele puder se dedicar de fato à pré-campanha, a partir de abril.

"Fazendo campanha, dialogando com a população, fazendo debate, fazendo aquilo que uma campanha prevê. É preciso ter tenacidade, determinação, capacidade de dialogar e apresentar um bom governo. O Governo de São Paulo é um governo honesto, transformador, e até os ferrenhos adversários reconhecem isso. Um governo que cuidou da pobreza e da saúde, que trouxe a vacina, que fez as reformas administrativas e fiscal e a reforma previdenciária. Um governo que trata bem as pessoas, sobretudo as mais vulneráveis, e que não rouba o dinheiro público."

Chapa Lula-Alckmin

Apesar de se negar inicialmente a comentar a eventual chapa Lula-Alckmin, o governador discorreu sobre a possibilidade com um tom de lamento e incompreensão. Distantes desde a campanha presidencial de 2018, na qual Doria se elegeu para comandar o estado com o bordão "Bolsodoria", o tucano afirmou que "não perdeu o respeito por Alckmin [que o lançou em 2016], mas que se "entristece" de sua atual posição política.

"Lamento a posição do ex-governador de São Paulo, por quem eu não perdi o respeito, mesmo com essa decisão de estar vinculado ao Lula. Alguém que ele mesmo combateu ao longo de 33 anos como um bom homem público no PSDB. Me entristece o fato de ele estar ao lado de Lula. Eu estarei do outro lado e, como candidato, combaterei Lula e todos que estiverem ao lado dele", disse. 

Doria disse ser incompreensível que alguém que, na sua avaliação, tenha contribuído para roubar o dinheiro público, que usou a frase "os fins justificam os meios", deseje voltar ao poder para comandar novamente a Petrobras. "Ainda que Lula tenha feito política para os mais humildes, para mim os fins não justificam os meios", finalizou o tucano.

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