Dupla é presa após tentar extorquir clientes de motel na Barra Funda com fotos e vídeos

Os suspeitos fotografavam a entrada e a saída dos casais e depois conseguiam o contato dos proprietários dos carros

São Paulo|Nayara Paiva, da Agência Record

05/12/2023 - 15h59 (Atualizado em 29/03/2024 - 10h18)

Dois homens foram presos, acusados de extorsão qualificada, por tirarem fotos e fazerem vídeos de clientes de um motel no bairro da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, e pedirem dinheiro para não divulgar o material.

Segundo a Polícia Civil, a dupla registrava a entrada e a saída dos casais e, depois, conseguia o contato dos donos dos carros.

Os suspeitos ameaçavam divulgar as fotos nas redes sociais e para familiares das vítimas. As prisões foram feitas na última quinta-feira (30), quando os homens foram flagrados ao captarem imagens nas proximidades do estabelecimento.

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Os agentes começaram a investigar as atividades da dupla ao receberem informações sobre as extorsões. Eles passaram a monitorar diversos pontos da avenida Marquês de São Vicente, onde fica o motel.

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Os dois acabaram sendo vistos em um ponto de ônibus, ao tirarem as fotos das vítimas na entrada do estabelecimento. Os policiais abordaram a dupla nesse local. Segundo a polícia, eles confessaram o esquema de extorsão.

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A equipe apreendeu o celular utilizado para produzir as imagens e também um carro usado pelos suspeitos. No aparelho estavam armazenadas diversas imagens de clientes.

Nos aplicativos de mensagens foram encontradas conversas da dupla em que exigia o pagamento para evitar a divulgação. Quatro vítimas foram identificadas.

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O ano de 2022 foi marcado por uma sequência de golpes e, entre os principais, está o golpe do Pix. A ferramenta bancária que, desde 2020, permite transferências de dinheiro sem a cobrança de taxas, também fez com que o número de sequestros-relâmpagos no estado de São Paulo aumentasse. Nesse tipo de golpe, pessoas são enganadas por mensagens de WhatsApp ou telefone e acabam fazendo transferências. Há casos em que as vítimas são feitas reféns, o que causa trauma e pavor.

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A criatividade para realizar extorsões é tanta que, no início do ano, consumidores registraram o golpe da fruta, principalmente no Mercadão de São Paulo. O local, que é um dos pontos turísticos mais conhecidos de São Paulo, foi alvo de diversas denúncias por parte de consumidores que praticamente foram obrigados pelos vendedores a comprar as frutas, diante de ameaças, comportamentos agressivos e ofensivos ou ainda que pagaram valores errados inseridos nas máquinas de cartão de crédito e débito

No golpe do 0800, também ocorrido com frequência neste ano, os enganadores enviam um SMS para a vítima, dizendo que houve uma transação bancária de alto valor no cartão de crédito dela, e junto da mensagem, há um link que a pessoa pode acessar. Ao clicar no link, é aberto o aplicativo de chamadas do celular, com um número 0800 na tela. Quando a vítima liga para esse número, do outro lado da linha uma falsa atendente informa que é representante do banco e pega os dados do cartão dela, que é usado pelos golpistas

Não faça nenhum tipo de acordo verbal. Tudo deve estar oficialmente registrado em um contrato de locação

Mais antigo e conhecido que os demais, o golpe do boa noite, Cinderela vitima frequentadores de festas, baladas e outros eventos. As substâncias soníferas, discretamente postas em copos de vítimas, não têm cheiro, sabor nem cor e não demoram a surtir efeito. Uma vez desacordada, a pessoa tem seus pertences levados ou pode até ser sequestrada, a depender do caso

No golpe do falso ingresso, a vítima faz o pagamento do valor por meio de um site duvidoso, recebe o voucher com a confirmação da compra pelo email e somente no momento do acesso ao evento descobre que o QR Code obtido não funciona. Um grupo que simulava a venda de entradas para shows causou, em um só espetáculo, um prejuízo de R$ 300 mil

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Mensagens que oferecem propostas de emprego com salários de R$ 900 a R$ 4.000 por dia atraem vítimas ao golpe do emprego, também muito aplicado em 2022. Essas mensagens, que chegam via SMS, WhatsApp ou outras redes sociais, levam as vítimas a clicar nos links, direcionando-as a um site no qual preenchem dados pessoais de cadastro para os criminosos, ou ainda pior: o download direto de algum programa que acessa os aplicativos no celular e salva automaticamente as informações — inclusive bancárias

O ano de 2022 foi marcado por uma sequência de golpes e, entre os principais, está o golpe do Pix. A ferramenta bancária que, desde 2020, permite transferências de dinheiro sem a cobrança de taxas, também fez com que o número de sequestros-relâmpagos no estado de São Paulo aumentasse. Nesse tipo de golpe, pessoas são enganadas por mensagens de WhatsApp ou telefone e acabam fazendo transferências. Há casos em que as vítimas são feitas reféns, o que causa trauma e pavor.