Em 11 meses, 645 pessoas foram mortas por PMs fardados em SP
Casos registrados como "morte decorrente de intervenção policial" ainda tiveram 114 pessoas mortas por policiais militares de folga
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
Entre janeiro e novembro deste ano, policiais militares em serviço no Estado de São Paulo mataram 645 pessoas em casos registrados como "morte decorrente de intervenção policial", de acordo com a atualização publicada no Diário Oficial deste sábado (28).
Somente no mês de novembro deste ano, segundo os dados oficiais, 61 pessoas foram mortas após supostamente resistirem à abordagem de PM fardado. Os números representam um morto por policial militar em serviço a cada 12 horas no ano.
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O número de mortos até novembro de 2019 já supera o consolidado dos quatro anos anteriores. No ano passado inteiro, 641 pessoas foram mortas por PMs em serviço após supostas resistências, três a menos que 2017. Em 2019 houve 577 vítimas e, 2015, 580 pessoas morreram em intervenção policial.
O Estado ainda teve, em 11 meses, 114 pessoas mortas por policiais militares fora do horário de serviço. Desses, 12 mortes foram decorrentes de intervenção cometidas por policiais militares de folga somente no mês de novembro.
As estatísticas, divulgadas pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), apontam que os meses com mais mortos por policiais militares fardados foram abril e outubro, com 71 vítimas cada mês.
Já maio e julho, com 18 mortes em cada mês, foram os com mais vítimas de PMs de folga.