Empresa terá seis meses para recuperar viaduto que cedeu em SP
Contratação foi feita de maneira emergencial e sem licitação. O valor previsto para as obras no viaduto da marginal Pinheiros não foi divulgado
São Paulo|Márcio Neves, do R7
A Prefeitura de São Paulo contratou em caráter emergencial, ou seja, sem licitação, a empresa JZ Engenharia para executar as obras de recuperação do viaduto que cedeu na marginal Pinheiros na última quinta-feira (15) no bairro do Jaguaré, zona oeste de SP, no prazo de 6 meses.
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A contratação foi anunciada no Diário Oficial nesta quinta-feira (22) e prevê que a empresa faça as obras necessárias para a recuperação do viaduto que cedeu dentro deste período.
Entretanto, o contrato emergencial pode ser prorrogado caso não seja possível concluir as obras dentro do prazo previsto pelos técnicos da prefeitura.
A data utilizada como referência para o contrato é retroativa à publicação, contando desde 15 de novembro, dia em que o viaduto apresentou o problema.
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A SIURB (Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras) argumentou no despacho que autorizou a contratação sobre a "extrema gravidade da situação e necessidade de intervenção imediata em caráter emergencial para a Recuperação Estrutural do Viaduto".
A JZ Engenharia já prestou outros serviços para a Prefeitura como obras em corredores de ônibus, passarelas e na construção de CEUs (Centro Educacionais Unificados). A empresa também já havia doado para a Prefeitura em junho do ano passado a pintura do viaduto Jaceguai, no centro da cidade.
Bloqueios e mudanças
O viaduto em questão é um importante eixo de escoamento do trânsito da cidade e de acesso à Rodovia Castelo Branco, além de ser uma das opções para atingir as vias que levam ao Sistema Anhanguera-Bandeirantes e à Marginal Tietê, no sentido Ayrton Senna e Rodovia Presidente Dutra.
Com a interdição do viaduto, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tem feito bloqueios em vários pontos da Marginal Pinheiros para minimizar os efeitos. No entanto, os congestionamentos, como reflexo desses estrangulamentos, são notados em vários pontos da cidade.
Como o viaduto fica bem perto da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), entre as medidas emergenciais estão a antecipação em três horas da abertura dos portões da companhia para os caminhões, que passou para a meia-noite. Aos domingos, a entrada de mercadorias começará às 20h e não mais às 2h. Além disso, o acesso ao entreposto será ampliado, evitando as filas de carretas, que poderiam obstruir o tráfego nas vias laterais.