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Entenda o projeto de lei que proíbe a venda de animais em pet shops de São Paulo

Lojistas dizem que lei é discriminatória e não atende ao objetivo da proteção aos animais a que se propõe

São Paulo|Julia Girão*, do R7

Projeto de lei proíbe venda de animais em pet shops
Projeto de lei proíbe venda de animais em pet shops Projeto de lei proíbe venda de animais em pet shops

Um projeto de lei que proíbe a comercialização de animais em pet shops e sites foi aprovado na terça-feira (8) pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). A regra promete grandes mudanças no setor e gera polêmica entre lojistas e protetores de animais.

O texto, que aguarda a sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), cria o Ceca (Cadastro Estadual do Criador de Animal). O documento será destinado a criadouros, que serão os únicos habilitados a comercializar animais.

A medida abrange cães, gatos e pássaros.

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Críticas ao sistema

De acordo com a Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), do Governo de São Paulo, a fiscalização de estabelecimentos comerciais como pet shops ocorre, hoje, seguindo as regras do Conselho Regional de Medicina-Veterinária do Estado. O serviço é realizado pelas vigilâncias sanitárias estadual e municipal.

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"Entre as normas, estão a necessidade da presença de um médico-veterinário como responsável técnico, para garantir a saúde, a sanidade e o bem-estar dos animais que serão comercializados", diz a secretaria em nota.

Entretanto, o criador do projeto de lei, o deputado Rafael Saraiva (União Brasil), afirma que canis clandestinos, ou "de fundo de quintal", cometem vários crimes: "Vão desde privar os animais de comida até você pegar uma cadela e fazê-la ficar prenha várias vezes".

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Na justificativa do texto, o parlamentar diz que em pet shops "os animais permanecem por longas horas expostos ao público em locais impróprios, que prejudicam a sua saúde e o seu bem-estar, e isso ocasiona estresse e traumas".

O que dizem os lojistas

O Sindilojas-SP (Sindicato do Comércio Varejista e Lojista do Comércio de São Paulo), que representa empresários de pet shops na capital, entende que o projeto de lei é "discriminatório e não atende ao objetivo da proteção ao animal a que se propõe".

Segundo o sindicato, a proibição vai estimular a proliferação de feiras clandestinas e o mercado paralelo, trazendo ainda mais prejuízos aos animais. Além disso, a organização acredita que a comercialização em sites e redes sociais de forma irregular tende a se intensificar.

"O Sindilojas-SP se manifesta contrário a tal projeto de lei, pois prejudicará aqueles que trabalham de forma séria, humanizada e dentro dos critérios da lei. Somente uma fiscalização eficaz do poder público será capaz de coibir a prática da comercialização de forma irresponsável e de origem duvidosa".

O projeto de lei citado ainda não foi publicado no Diário Oficial, por consequência, recebido pelo Governo do Estado. A partir da publicação, há 15 dias úteis para a avaliação da área técnica antes da tomada de decisão pelo governador.

*Sob supervisão de Márcio Pinho

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