Entenda o que pode parar com a greve dos transportes em SP
Secretário dos Transportes de São Paulo explica como funcionará plano de contingenciamento, caso ocorra a paralisação prevista para a sexta-feira (14)
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, afirmou na manhã desta quinta-feira (13), véspera de uma greve geral que deverá ocorrer em todo o País contra a reforma da previdência, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) irá funcionar integralmente e que o Metrô deve operar com pelo menos 80% das operações.
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Em entrevista à Record TV, ele analisou os impactos de uma eventual paralisação aos cerca de 8 milhões de passageiros. Baldy disse ainda que, caso haja adesão à greve, a secretaria afirma que elaborou planos de contingenciamento para minimizar os impstos à população. "Temos os planos de contingenciamento para todas as possibilidades."
Abaixo, confira a entrevista de Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo:
Quais serão os impactos da greve?
Alexandre Baldy – Acreditamos que todos os trabalhadores da CPTM e do Metrô vão respeitar a ordem e as decisões judiciais. Requeremos à Justiça, dadas as movimentações que ocorreram nos últimos dias, o funcionamento integral das companhias. São mais de 8 milhões de passageiros que precisam dessas empresas e a Justiça determinou que haja o funcionamento de integralidade das operações da CPTM e que, pelo menos, 80% das operações do Metrô estejam funcionando. Fazemos esses apelos aos trabalhadores metroviários e ferroviários para que não prejudiquemos a população.
O que está planejado para amanhã?
Baldy – A previsão é que funcionamento é que seja integral da CPTM e que o Metrô funcione em 80%. Outras penalidades poderão ser aplicadas aos trabalhadores que aderirem a essa greve, conforme o regulamento e regimento de cada empresa. Caso as operações do Metrô funcionem em 80%, temos o plano de contingenciamento para o cidadão paulista e paulistano. São aproximadamente 10 milhões de passageiros que utilizam os transportes públicos na região metropolitana de São Paulo.
Se a adesão for muito grande, como esse plano vai funcionar?
Baldy – As Linhas 1, 2, 3, (Azul, Verde e Vermelha, respectivamente) operadas pelo Estado, podem funcionar parcialmente. As Linhas 4 Amarela e 5 Lilás funcionarão porque são linhas privadas e não tiveram nenhuma menção quanto à greve. Caso haja a greve, na linha 1-Azul serão 8 estações em operação, da Ana Rosa até a Luz. Na linha 2-Verde, da estação Alto do Ipiranga até Clínicas, com 9 estações em operação, e na linha 3-Vermelha, da Bresser até a Marechal Deodoro, com 8 estações em fuincionamento.
Quais linhas podem aderir à greve?
Baldy – As linhas que são ligadas ao Sindicato dos Metroviários são as linhas 1 Azul, 2 Verde e 3 Vermelha. As linhas 4 Amarela e 5 Lilás funcionam normalmente, não há qualquer menção à greve porque são operadas pelo sistema privado.
Qual a posição do Estado com os trabalhadores que aderirem à greve?
Baldy – Conseguimos a decisão judicial que determina 100% da CPTM e pelo menos 80% do Metro. Há também a previsão de punição na própria decisão: entre 500 mil a 1 milhão aos sindicatos que aderirem e as penalidades no regimento interno de cada empresa. Todas elas serão aplicadas em respeito aos cidadãos.
Qual o pior cenário possível? Qual a alternativa aos cidadão?
Baldy – Temos os planos de contingenciamento para todas as possibilidades. Se parar tudo, teremos dificuldades para acionar o Paese porque os trabalhadores do sistema sobre pneus, os ônibus, também poderão aderir ao movimento. Mas caso haja a parcialidade, os trabalhadores do sistema administrativo passam a ir para áreas de operação. Há um plano de contingenciamento da CPTM, do Metro e da EMTU, o Paese para que haja o transporte e servir o trabalhador.
O governo está trabalhando com qual adesão?
Baldy – Existem níveis de paralisação, toda a parte administrativa vai para a operação para que ajudem o sistema a operar. O sistema do paese está de prontidão para o cumprimento do transporte para o trabalhador. Ainda ocorrerá uma assembleia no fim do dia e esperamos que eles decidam não atrapalhar os 8 milhões de passageiros. Não há reivindicação contra as empresas do governo do estado.
O senhor garante o transporte amanhã?
Baldy – Estamos trabalhando para que haja transporte para todos.