"Estamos tentando encaixar as peças", diz tia de menina Raíssa
Corpo foi encontrado no Parque Anhanguera, amarrado em árvore com sinais de agressão. Garoto suspeito deve ser ouvido novamente pela polícia
São Paulo|Fabíola Perez, do R7, com informações da Record TV
Sem entender como teria ocorrido o crime que matou a sobrinha Raíssa Eloá Caparelli, de 9 anos, a tia da menina, Alessandra Caparelli, afirma que a família está, nesse momento, juntando as peças de um quebra-cabeças. "Não dá para encaixar as informações", diz. O caso ocorreu no domingo (29), quando ela desapareceu de uma festa beneficente no CEU (Centro Educacional Unificado) Anhanguera, na zona norte de São Paulo, e foi encontrada morta no Parque Municipal Anhanguera.
"Ela tinha um grau de autismo, era uma criança introvertida com dificuldade de se aproximar e se sociabilizar, ela chorava em situações desconfortáveis e sob forte estresse, ela convulcionava. Não era apenas com um doce que alguém conseguiria atraí-la", diz a tia. "É preciso descobrir como ela foi parar lá."
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De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo de Raíssa foi encontrado no Parque Anhanguera, amarrado em uma árvore com sinais de agressão, em uma área restrita aos funcionários. A uma distância de 50 metros do local foram encontrados chinelos, um saco transparente, uma capa vermelha e pedaços de tecido cor de rosa.
"É uma pessoa muito maldosa, que não tem sentimentos, que não tem coração", afirma a tia de Raíssa. Em um vídeo obtido a partir das câmeras de segurança do parque, é possível ver um menino de 12 anos caminhando de mãos dadas com Raíssa. Ele teria localizado o corpo da garota no parque e dito à mãe que era o responsável pela morte.
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O garoto chegou a prestar depoimento à polícia, mas os investigadores não descartam a possibilidade de outra pessoa tê-lo ajudado na execução do crime. A Polícia Civil deve voltar a ouvir o garoto nesta terça-feira (1).
Entenda o caso
Durante a festa, Raíssa estava na fila do pula-pula, quando a mãe foi buscar pipoca para o irmão. Nesse momento, a garota desapareceu e, por meio das imagens da câmera de segurança, ela foi vista caminhando de mãos dadas com um menino de 12 anos.
Depois disso, ela não foi mais vista. O corpo foi encontrado a cerca de 3.4 km de distância do CEU. O adolescente comunicou às equipes de Vigilância do Parque Anhanguera que havia encontrado um corpo pendurado uma uma árvore na área restrita aos funcionários do parque.
A aproximadamente 500 metros do corpo havia manchas de sangue, um par de chinelos, um saco plástico pequeno e transparente e uma capa de tecido sintético (TNT) grande e vermelha foram encontrados.