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Estudante acusa PMs de abuso sexual após ser presa durante protesto

Secretaria de Segurança Pública informa que a Polícia Militar negou todas as acusações

São Paulo|Do R7, com Agência Estado

Jovem foi detida com outros três manifestantes durante protesto
Jovem foi detida com outros três manifestantes durante protesto Jovem foi detida com outros três manifestantes durante protesto

A estudante de letras Andreza Delgado, de 20 anos, afirma que foi agredida sexualmente por policias militares após ser detida, na quinta-feira (3), durante manifestação contra a reorganização escolar de Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a jovem, policiais passaram a mão em suas partes íntimas e a xingaram de "vagabunda" e "macaca".

Andreza foi detida com outros três manifestantes durante protesto na avenida Faria Lima, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Ela e outras duas pessoas foram acusadas pelos policiais por lesão corporal, dano qualificado, corrupção de menor, resistência, desacato e desobediência por supostamente terem usado carteiras escolares para depredar uma viatura. A estudante foi liberada no dia seguinte, após audiência de custódia.

— Toda a ação foi um abuso, porque foram policiais homens que me prenderam e já começaram a me agredir, me puxando à força e me jogando dentro da viatura. Depois, no carro, eles começaram a me xingar de vagabunda e macaca e diziam que iam me dar uma gilete para depilar meus pelos e cortar meu cabelo.

Ela disse que os xingamentos e a agressão ocorreram na frente dos outros jovens detidos.

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As agressões, segundo a jovem, começaram no carro da polícia, mas continuaram no estacionamento do 14º DP (Pinheiros), para onde os manifestantes foram levados.

— Eles diziam que estavam nos qualificando (pelos crimes), mas ficavam fazendo pressão psicológica. Pensei, em alguns momentos, em correr para dentro da delegacia para me proteger.

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Ela contou que as agressões duraram por cerca de 30 a 40 minutos. Andreza afirmou ter registrado a denúncia no 89º DP (Morumbi) e se submetido a exame de corpo de delito.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a Polícia Militar negou todas as acusações da jovem. No entanto, disse que as "alegações da autora" estão sendo apuradas. O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves, encaminhou o caso para apuração da ação dos policiais pela Corregedoria da PM e o Ministério Público.

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Neves disse que a Ouvidoria já pediu a investigação de 11 situações em que podem ter ocorrido abusos de policiais durante as manifestações e ocupações de escola.

Medo

Andreza, que é estudante da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse que, depois das agressões, procurou atendimento psicológico e que está com medo de sair sozinha na rua.

— Eu estou muito assustada com isso. É uma humilhação muito grande, não me senti humana naquele momento. Estou com medo de policiais porque eles têm um comportamento muito arbitrário, principalmente com mulheres e pobres.

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