O coletivo estudantil negro Afromack, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, informou que o estudante de Direito Pedro Baleotti foi expulso novamente da faculdade por ter gravado dois vídeos racistas no período eleitoral de 2018, em que aparecia armado dizendo que iria "matar a negraiada".
Baleotti já havia sido expulso em janeiro deste ano, mas o TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) concedeu uma liminar que anulava a decisão da universidade de expulsar o estudante.
O coletivo compartilhou um documento assinado pelo reitor da Universidade no dia 12 de abril, que afirma que a expulsão do estudante é justificada por violação de artigos do Código de Decoro Acadêmico, do regimento interno da instituição.
O estudante de Direito havia entrado com recurso contra expulsão, alegando que processo não tinha seguido o regimento interno da faculdade. A juíza Silvia Figueiredo Marques, do Tribunal Regional Federal da 3ª. Região, considerou o pedido da defesa.
A decisão judicial anulou a expulsão considerando que a comissão sindicante da universidade tinha como dever apurar os fatos, e não efetuar punição. Também serviu de argumento a composição da comissão, que segundo a defesa, não seguia os padrões da legislação.
O advogado de Baleotti, Norman Porchet Neto, afirma que a defesa não vai se manifestar sobre o caso.
Procurada pelo R7, a universidade afirma que "em portaria publicada pela Reitoria em abril de 2019, foi confirmada a decisão de desligamento de Pedro Bellintani Baleotti do quadro discente da Faculdade de Direito da UPM após término do processo administrativo instaurado na Corregedoria".
Veja a publicação do coletivo: