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'Eu não considero ele mais como o meu pai', diz filha de Cupertino

Em entrevista, Isabela Tibcherani afirma que o sentimento é de 'justiça feita' com o pai preso após matar seu namorado e seus sogros

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

O pai de Isabela é suspeito de matar os sogros e o namorado dela, Rafael Miguel
O pai de Isabela é suspeito de matar os sogros e o namorado dela, Rafael Miguel O pai de Isabela é suspeito de matar os sogros e o namorado dela, Rafael Miguel

Em entrevista exclusiva ao Balanço Geral, da Record TV, Isabela Tibcherani, filha de Paulo Cupertino, suspeito de assassinar o namorado e os sogros da jovem em junho de 2019, diz que não o considera mais como pai. "A sensação é horrível. Ele diz: 'Minha filha está me acusando' – mas que filha? Ele não tem mais uma filha", relatou. Cupertino estava foragido havia três anos.

Com a prisão do pai na tarde desta segunda-feira (16), Isabela espera encontrar paz. "A maior luta nos últimos três anos foi continuar vivendo."

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Isabela teve não apenas seu lado psicológico abalado, por presenciar o pai matar o namorado e os sogros, mas também sua vida pessoal e profissional afetada. Até hoje Isabela tem problemas para conseguir emprego por ser filha de Cupertino e pelo envolvimento no caso. Segundo ela, nenhuma empresa quer contratar uma pessoa que, apesar de capacitada, "tem a cara estampada em todos os lugares".

Questionada se sentiu medo em razão de o pai ter permanecido livre durante todo esse tempo, a jovem afirmou que não acreditava que Cupertino pudesse ir atrás da família cometer outro crime, mas que, se fosse, não faria diferença. "Nada me impressiona mais", disse.

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O suspeito foi preso após quase três anos foragido. Com deboche, Cupertino disse à delegada Ivalda Aleixo que a polícia o procurou durante todo esse tempo "no lugar errado".

Isabela, hoje com 22 anos, afirma que esperou muito por essa prisão e que o sentimento é de "justiça feita". Ela diz que tem curiosidade de saber o que o pai diria caso se encontrasse com ele.

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Na época do crime, a jovem contou à reportagem que Cupertino era agressivo dentro de casa e que tinha um sentimento de posse dela, o que ela acredita ter motivado o assassinato a sangue-frio.

Agora, Isabela quer mudar. "Eu quero encontrar paz. Perdoei meu pai porque, quando você não perdoa, o prisioneiro é você." Mas ela tem receio do que pode acontecer daqui para a frente. "É óbvio que a prisão dele é uma coisa boa, mas significa que vai acontecer tudo de novo, a exposição e o desgaste."

Mesmo assim, a filha de Cupertino tem planos para o futuro. Ela prestou vestibular e pretende estudar psicologia, que é um sonho de criança.

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