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Expansão de operação no aeroporto de Congonhas (SP) acirra disputa entre companhias aéreas

Pedido da Infraero adicionaria de 3 a 4 movimentos por hora no terminal, que hoje opera com 32 a 33 pousos e decolagens por hora

São Paulo|

Expansão de operação em Congonhas antes de leilão acirra disputa entre aéreas
Expansão de operação em Congonhas antes de leilão acirra disputa entre aéreas Expansão de operação em Congonhas antes de leilão acirra disputa entre aéreas

A expansão da capacidade do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pedida pela Infraero adicionaria de 3 a 4 movimentos por hora no terminal, que hoje opera com 32 a 33 pousos e decolagens por hora na aviação comercial, segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O governo tem pressa para receber a autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) antes do leilão do terminal, previsto para agosto, mas Gol e Latam falam em infraestrutura "bastante saturada".

Por considerar que a expansão solicitada agora seria modesta, o governo acredita que os últimos investimentos realizados pela Infraero, estatal que administra Congonhas, já seriam suficientes para suportar um aumento de movimentação no aeroporto. A avaliação também é feita pela Infraero.

Ainda não há data definida para a Anac decidir sobre o pedido da Infraero, uma vez que a estatal precisa enviar mais informações para basear a decisão da agência. Uma delas diz respeito à atualização do plano de zoneamento de ruído, no qual a estatal ainda trabalha, aproveitando a fase de alta temporada registrada em julho para realizar as medições.

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A expansão de voos no aeroporto é debatida há tempos no setor e, nos bastidores, é marcada por animosidade entre as empresas. O aumento de pousos e decolagens abriria espaço para outras companhias, como a Azul, aumentarem suas operações no terminal, onde Gol e Latam são dominantes.

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Disputa por slots

Apesar de a solicitação da Infraero ter chegado antes de a Anac aprovar as novas regras de distribuição de slots (autorizações para pousos e decolagens) em Congonhas, a recente deliberação da agência esquentou ainda mais o debate sobre a expansão do aeroporto. De acordo com relatório do BTG Pactual, após a mudança aprovada no início de junho, há espaço para a Azul atingir mais de 80 slots em Congonhas (dos atuais 41) até 2023, aumentando sua participação de mercado no aeroporto de 7% para cerca de 15%.

Em tom crítico, o CEO da Latam no Brasil, Jerome Cadier, foi ao LinkedIn nesta semana para dizer que o movimento da Infraero "provavelmente" se daria pelo desejo do governo de aumentar a atratividade para os investidores no leilão de agosto.

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Procurada, a Anac afirmou que o pedido está em análise e que a agência ainda aguarda informações da Infraero sobre infraestrutura aeroportuária e segurança operacional.

Para Abear, terminal de passageiros é prioritário

A expansão de voos pretendida pela Infraero para o aeroporto de Congonhas, solicitada à Anac, deve ser precedida por "investimentos significativos no terminal de passageiros", defendeu a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). Em nota, a entidade afirmou que entende o aumento de quantidade de pousos e decolagens no aeroporto como totalmente seguro devido aos recentes investimentos na pista principal, mas ressalvou a situação no terminal de passageiros, que deveria receber melhorias antes da expansão, avaliou.

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A Abear alega que os investimentos são necessários porque a infraestrutura atual para embarque e desembarque estaria "bastante saturada" em horários de pico. Para a associação, tal investimento poderia ser efetuado ainda na gestão da Infraero ou pelo concessionário que assumir o aeroporto.

"[O investimento] deve ser realizado em itens como pontes de embarque, pórticos de raio x, portões de embarque remoto e demais itens necessários à qualidade adequada do atendimento aos clientes, prevenindo assim qualquer risco de grandes problemas, principalmente em casos de recuperação da malha aérea por interrupções meteorológicas", disse em nota a Abear, que tem entre suas associadas a Gol e a Latam. A Azul deixou a entidade em 2019.

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