Fábrica que explodiu em Cabreúva não tinha alvará para funcionar
Acidente deixou ao menos quatro mortos e dezenas de feridos; causa está relacionada a superaquecimento e vazamento de gás
São Paulo|João Pedro Lobo e Helena Osagie*, da Agência Record
A fábrica de alumínio que explodiu na manhã da sexta-feira (1º) em Cabreúva não tinha alvará de funcionamento cedido pelo município nem o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), que atesta que o edifício está seguro. A explosão deixou ao menos quatro mortos e dezenas de feridos.
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A metalúrgica Tex – Tarugos para Extrusão Ltda. teve a sua licença de operação negada por não atender às exigências da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), durante o processo de licenciamento ambiental. Em agosto deste ano, a empresa foi penalizada com duas multas por funcionamento irregular e ampliação da instalação.
De acordo com o prefeito de Cabreúva, Antonio Carlos Mangini, a metalúrgica chegou a pedir algumas vezes o alvará provisório, que foi negado justamente pela falta da licença AVCB.
O Corpo de Bombeiros informou que, possivelmente, a junção de um superaquecimento com um vazamento de gás causou a explosão.
O caso
Além das quatro mortes, cerca de 30 pessoas ficaram feridas após a explosão na caldeira da metalúrgica. O acidente aconteceu por volta das 11h da sexta-feira (1º), no bairro Pinhal, zona rural da cidade de Cabreúva, a 87 km da cidade de São Paulo.
Doze unidades de resgate do Corpo de Bombeiros, ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), viaturas da Polícia Militar, da Defesa Civil, da Guarda Civil Municipal, dois helicópteros da Polícia Militar, além de ambulâncias de cidades vizinhas, foram acionados para o atendimento da ocorrência.
*Sob a supervisão de Augusta Ramos.